Domingo (4) ficou mais triste na cidade de Ribeirão Preto e região. Vera Lúcia Amorim Biagi, uma das mulheres mais importantes na luta pelas causas sociais, bem como pelas artes, faleceu no início desta tarde, aos 76 anos, em São Paulo, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). O corpo será velado e enterrado nesta segunda-feira em Ribeirão Preto.
Nascida em Ribeirão Preto em 28 de dezembro de 1945, era filha de Henrique Berbet de Amorim e Alda Luiza Vianna de Amorim. Esposa do empresário Maurílio Biagi Filho, com quem casou-se em 1967, Vera destacava-se pela dedicação, não somente à família, mas aos grandes desafios na área social e à extensa atividade na produção e divulgação da arte.
Sempre discreta, porém altamente atuante, dignificou-se pelo trabalho de transformação dos colaboradores na Usina Santa Elisa, ainda na década de 1970. Foi figura exponencial no Projeto Nascentes, que trouxe o conceito de preservação ambiental à antiga fazenda Baixadão, hoje Jardim Paiva, nos anos 2000. Lá, coordenou uma série de atividades junto com as comunidades carentes, desenvolvendo projetos de reciclagem, além de levar arte e incentivar o plantio de mais de 10 mil árvores.
Vera foi peça fundamental junto à Fundação Roberto Marinho na reconstrução do Theatro Pedro II. Sempre se posicionou a favor da arte em todos os seus espectros, incentivando e buscando recursos para o setor.
O velório de Vera Lúcia ocorrerá nesta segunda-feira (5), das 10h00 às 13h00, no Memorial Parque dos Girassóis – Sala Azaléia. Av. Afonso Valera, 350 – Recreio das Acácias – Ribeirão Preto. Após, cerimônia de cremação reservada à família.
A mulher
Maurílio Biagi Filho lamentou o passamento da esposa, mas destacou a parceria de 63 anos de vida comum. “Hoje, por volta das 13h, me despedi da minha querida Vera e um vazio… a tristeza, a saudade, a dor e tantos outros sentimentos tomam conta de mim. Mas a gratidão pelo privilégio de tê-la conhecido e termos sido parceiros por 63 anos é maior”, disse o empresário.
Eles tiveram quatro filhos e oito netos. “Com seu jeito discreto e doce, ao mesmo tempo firme, me ensinou muito, e foi a grande responsável por manter nossa família unida em todos os momentos. Sempre pronta a ajudar ao próximo, mudou a vida de muita gente, de maneira natural, sem qualquer vaidade, fazendo jus ao versículo bíblico: o que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber.
Por tudo isso, apesar da dor da separação física, me conforta saber que partiu quando todos estávamos juntos, cercada de muito afeto”, disse.