Uma aposentada ribeirão-pretana, 64, perdeu mais de R$40 mil reais após cair em um golpe na internet. Ela acreditava que estava se relacionando com o ator coreano Park Bo-Gum.
A idosa é fã do ator e começou a seguir um suposto perfil dele na internet. Ela começou a conversar com o suposto ator por mensagens e e-mails. Durante a conversa, o golpista disse que viria para o Brasil para conhecê-la, mas que precisaria pagar uma multa contratual de R$50 mil com a empresa que o agenciava.
A vítima explica que tudo começou em janeiro deste ano, quando aceitou a solicitação de um perfil falso do ator nas redes sociais e trocou mensagens com o golpista, acreditando estar falando com o próprio artista. A mulher fez empréstimos bancários para arcar com o valor da multa. Mas durante as conversas, começou a desconfiar e quando o pressionou, o golpista fez várias chantagens, dizendo que divulgaria fotos íntimas dela.
A mulher afirma também que chegou a bloquear o golpista, quando percebeu que tinha caído na armação, mas que o criminoso criou outras contas de e-mail, inclusive usando o nome dela.
A idosa procurou a polícia. O consulado sul-coreano emitiu um alerta sobre os crimes de extorsão e disse que foram registrados sete casos no Brasil. O ator divulgou nas redes sociais que estão usando o nome dele para aplicar golpes e ainda reforçou que só faz contato através do Twitter. O caso está sendo investigado pela polícia.
Medidas adotadas
Em nota divulgada nesta terça-feira (13), o consulado sul-coreano listou as medidas que vem tomando para que o golpista seja identificado e evitar que ele faça outras vítimas.
- Comunicação sobre essa modalidade de golpe às autoridades policiais (Federal e Civil) em âmbito nacional;
- Caso haja evidências de que o golpe esteja sendo aplicado por criminosos da Coreia do Sul, solicitará a instauração de inquérito policial no país;
- Comunicação em massa a todos os fãs da cultura coreana (filmes, novelas, seriados e do K-POP), através de influenciadores digitais;
- Segue avaliando outras medidas a serem tomadas.
- Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou que não encontrou registros de ocorrências dessa natureza na Polícia Civil.