Registrado como branco nas últimas seis eleições em que disputou, o vereador Marcos Papa (Pdemos), de Ribeirão Preto, fez um pedido de registro de candidatura a deputado federal este ano como pardo. A “mudança de cor”, segundo o parlamentar, foi um erro cometido pelo partido.
“Foram dois erros na verdade. Identificamos um erro no RG também. Foi a pessoa que faz o registro das candidaturas que colocou meu RG errado e também essa questão do pardo. Pedi para o partido corrigir. Erros acontecem”, afirmou o vereador em entrevista ao Grupo Thathi.
Neste sábado (24), na página de Papa no sistema Divulgacan – onde são informados os candidatos da eleição – sua cor ainda constava como pardo.
Por lei, os candidatos a cargos eletivos devem fazer uma “autodeclaração” sobre cor e raça no momento do registro de candidatura. As eleições de 2022 são as primeiras em que há mais candidatos que se declaram como negros ou pardos do que brancos.
Em 2020, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu que os partidos deveriam distribuir de forma proporcional os recursos do Fundo Eleitoral entre candidatos brancos e negros. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) considera como “negras” as pessoas que se declaram pretas ou pardas.