Órgãos exigem medidas e explicações da Itapemirim Transportes Aéreos

Foto: Reprodução Facebook.

A Agência Nacional de Aviação Civil intimou a Itapemirim Transportes Aéreos a cumprir medidas para prestar assistência aos passageiros que adquiriram bilhetes da companhia. A Anac também suspendeu o Certificado de Operador Aéreo da ITA Transportes Aéreos. Sem o documento, a empresa não poderá voltar a voar.

Em nota, a Anac informou que a Itapemirim deve garantir o reembolso da passagens aéreas comercializadas. O Procon também vai notificar a empresa a prestar esclarecimentos sobre a suspensão temporária dos voos e qual assistência será dada aos passageiros da companhia.

A suspensão dos voos causou confusão na noite de sexta-feira no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A empresa, que começou a operar em julho, alega a necessidade de fazer uma reestruturação interna, mas já enfrenta problemas financeiros e também poderá sofrer uma pesada multa.

(foto: Agência Brasil)

No início das operações da Itapemirim Transportes Aéreos, a empresa chegou a vender mais passagens do que assentos disponíveis em seus aviões. Naquela ocasião, a agência chegou a agir para controlar de perto a venda de bilhetes. Já nos primeiros meses de operação, a tripulação denunciou por diversas vezes atrasos em salários e benefícios.

A Secretaria Nacional do Consumidor também vai cobrar explicações da companhia. A empresa aérea, do Grupo Itapemirim, tinha 513 voos programados até o próximo dia 31 de dezembro e anunciou a suspensão de todas as operações. A Itapemirim anunciou que começou a colocar os ônibus da empresa do grupo para atender os passageiros que tinham voos marcados.

Live – Neste fim de semana voltou a circular na internet a live realizada pelo presidente Jair Bolsonaro em 22 de outubro de 2022, onde ele, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciam que o Grupo Itapemirim também entraria no ramo do transporte aéreo:

Nas redes sociais, o deputado federal e ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia afirmou que o governo “foi irresponsável e negligente em autorizar um grupo em recuperação judicial a voar, ingressar num setor que depende de muito investimento, de muito capital”.

 

Da Redação

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