avistou a polícia.
O servente inicialmente informou que estava no local trabalhando, local esse uma obra em construção, onde os policiais encontraram um colchão e um telefone celular. O servente disse que o aparelho celular lhe pertencia, o mesmo não se tratava de um smartphone, ou seja, sem acesso a aplicativos ou redes sociais.
Os policiais acabaram identificando o IMEI do telefone (número de identificação internacional do aparelho) exatamente o mesmo IMEI que estava sendo utilizado para a exigência da quantia em dinheiro para libertação da vítima. A pessoa de A.M.L. assumiu que era o proprietário do aparelho telefônico e que seu patrão, acompanhado de outro indivíduo, também estavam envolvidos na situação, inclusive, confessou aos policiais civis que ele mesmo havia, em algumas ligações, conversado com o esposo da vítima do sequestro.
A polícia decretou voz de prisão ao servente e o mesmo reconheceu um outro indivíduo como um dos participantes do caso, que foi registrado como extorsão mediante sequestro.
As investigações tiveram prosseguimento. E após novas diligências investigativas, tiveram um novo depoimento da “vítima” D.C.A.S., onde acabou por afirmar que, na realidade, em virtude de sua família estar passando por dificuldades financeiras veio a contrair um empréstimo com agiotas, sem o conhecimento de seu marido, em que o saldo devedor tornou-se impossível de quitar, sendo obrigada a entregar seu veículo como garantia, porém, dizendo ao seu esposo que o mesmo havia sido roubado.
Em virtude da situação desesperadora que estava passando, teve a idéia de simular o próprio sequestro, convidando para tal empreitada a pessoa de M.M.C., 39 anos, marido de uma cliente do salão em que trabalhava.
No dia 08 de dezembro, ela encontrou com M.M.C, na rodoviária de Piracicaba, sendo levada então até a sua residência no bairro Alvorada, local onde passou a noite.
Segundo o boletim de ocorrência, ela disse que não acompanhou as negociações acerca dos valores, informando que no dia seguinte, 09 de dezembro, após o pagamento do resgate, foi levada até um supermercado na avenida Rio das Pedras onde encontrou com seu pai e seu esposo.
A cabeleireira esteve na DEIC acompanhada de sua advogada, a qual entregou ainda grande parte do dinheiro pago na ocasião como resgate, dinheiro este devolvido por M.M.C., o qual ainda encontra-se foragido.