Jess Prinsloo, jovem de 24 anos, morreu no dia 31 de dezembro passado, quando, junto com o noivo, Craig McKinnon, visitavam a mãe da jovem, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Jess tinha alergia à proteína do leite de vaca e, descuidadamente, acabou utilizando uma colher que mantinha resquícios de leite, o suficiente para provocar a reação alérgica e ser levada, urgentemente, ao hospital, onde não resistiu a acabou falecendo.
A moça sabia que tinha o problema desde os nove meses de idade e sempre tinha em mãos os remédios para evitar as reações, caso acontecessem. Mesmo fazendo uso deles, Jess, desta vez não teve a mesma sorte e acabou morrendo.
O Portal da Thathi reproduz um artigo do site da Nestle, que esclarece, detalhadamente, a diferença entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca, bem como o que se deve fazer diante desse problema:
“ É importante saber diferenciar a intolerância à lactose da alergia à proteína do leite de vaca. Esta última é uma doença quase que exclusiva em crianças, e promove sintomas diferentes dos apresentados na intolerância à lactose, tais como lesões na pele e problemas respiratórios. Já as pessoas que apresentam a intolerância à lactose, apresentam uma tolerância individual a este carboidrato presente no leite, ou seja, existe uma quantidade que cada pessoa pode ingerir de leite e seus derivados sem apresentar os sintomas de intolerância.
Qualquer reação diferente ao consumo destes produtos deve ser imediatamente informada a um profissional médico, para que seja providenciado um diagnóstico adequado. Nos casos em que a alergia é identificada, faz-se necessária a exclusão de todos os alimentos que contenham proteínas do leite de vaca, enquanto para os intolerantes, não há necessidade de exclusão obrigatória e total do leite e seus derivados.
A intolerância à lactose é caracterizada pela deficiência da enzima lactase. Esta enzima é responsável pela quebra da lactose – açúcar presente no leite -, que promove a absorção deste nutriente, e assim, fornece energia para o organismo. A presença desta lactose intacta, ou seja, que não foi aproveitada pelo organismo, causa alterações na parede do intestino, promovendo sintomas característicos desta intolerância, tais como dores abdominais, gases e diarreia.
Grande parte da população acima dos 5 anos apresenta deficiência da enzima lactase, porém muitos não apresentam os seus sintomas, o que dificulta o estabelecimento de um diagnóstico preciso. Pesquisas demonstram que aproximadamente 70% da população adulta apresentam a intolerância à lactose. Estudos realizados em crianças entre 7-14 anos estimam uma prevalência média de 11%. Em relação à alergia, não há pesquisas que revelam o percentual de crianças alérgicas especificamente à proteína do leite, mas estudos estimam que que 6% das crianças menores de três anos apresentam algum tipo de alergia alimentar.
A exclusão do leite da alimentação em função da intolerância pode contribuir com a deficiência de nutrientes, uma vez que o leite e derivados são importantes fontes de proteínas, vitaminas, cálcio e outros minerais. Neste sentido, o cuidado com a ingestão de nutrientes presentes no leite e derivados é importante para as pessoas que apresentam a intolerância à lactose.
Nas gôndolas
Com 90% menos lactose, a opção entra no mercado de leites especiais para garantir aos pais que seus filhos não deixem de consumir outros nutrientes tão importantes do leite, como o cálcio, responsável pela formação dos ossos, construção muscular, crescimento e desenvolvimento adequados, mesmo nas dietas com restrição de lactose. O leite é vendido em embalagens de 1 litro”.