Tudo sobre a vida e obra de Dona Ivone Lara no seu aniversário

Hoje seria aniversário de uma das mais importantes artistas da música popular brasileira de todos os tempos: Ivone Lara da Costa, a Dona Ivone Lara. Em homenagem a Grande Dama do Samba, preparamos uma matéria especial sobre sua vida, obra e legado.

Ao final, você confere também uma playlist com 25 sucessos desta grande sambista, cantora e compositora. É só salvar e dar o play.

Confira:

Tudo o que você precisa saber sobre Dona Ivone Lara | Foto: Natalia Bezerra/Wikipedia

A importância de Dona Ivone Lara

Dona Ivone Lara fez história como a primeira mulher a integrar a ala de compositores de uma escola de samba e a assinar um samba-enredo, abrindo caminho para muitas outras mulheres que vieram depois. Por isso, ficou conhecida como a Rainha do Samba e como a Grande Dama do Samba.

A infância e o primeiro samba

Nascida há exatos 102 anos, em 13 de abril de 1921, nascia Yvonne Lara da Costa, no Rio de Janeiro, filha de uma cantora do Rancho Flor do Abacate, e com um mecânico de bicicletas, violonista e componente do Bloco dos Africanos.

Ela perdeu os pais muito cedo, ele quando Ivone tinha apenas três anos, e ela ainda na adolescência. Por isso, estudou em um internato até os 16 anos.

Aos 12 anos, Ivone Lara foi presenteada pelos primos – e futuros parceiros – Hélio e Fuleiro, com um pássaro Tiê-sangue. O nome do pássaro e a expressão “Oialá-oxa”, herdada da avó moçambicana, serviram de inspiração para ela compor o seu primeiro samba de partido-alto: Tiê-Tiê, parceria com os já chamados Mestre Fuleiro e Tio Hélio.

Admirada por suas professoras de música no colégio – a pianista Lucília Villa-Lobos, esposa do maestro Heitor Villa-Lobos, e a cantora soprano Zaíra Oliveira, primeira esposa de Donga – Ivone Lara foi indicada para o coro Orfeão dos Apiacás, da Rádio Tupi, regido por Villa-Lobos.

Só para contextualizar, Zaíra Oliveira foi considerada uma das maiores cantoras negras do mundo e, em 1921, ganhou um concurso do Instituto Nacional de Música, que tinha como prêmio uma viagem para aprofundar seus estudos de canto lírico na Europa. Mas, não foi aceita, depois que descobriram que ela era negra e disseram – pasmem! – que ela não representava o povo brasileiro.

Saindo do internato, Ivone foi morar na casa de seu tio Dionísio, que tocava violão de sete cordas e fazia parte de grupo de músicos de choro, que reunia ninguém menos que Pixinguinha e Donga. Com o tio, Ivone Lara aprendeu a tocar cavaquinho.

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS