Para combater a queda na audiência, o Oscar está passando por uma redução radical, com oito prêmios a serem apresentados fora do ar durante a transmissão da 94ª edição do Oscar no próximo mês.
Em carta enviada terça-feira, 22, aos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o presidente David Rubin disse que os prêmios de edição cinematográfica, design de produção, som, maquiagem e penteado, música (partitura original) e os três curtas (documentário, live-action e animação) serão apresentados na cerimônia antes do início da transmissão, que acontece em 27 de março na ABC. O brasileiro Pedro Kos disputa o prêmio de documentário em curta-metragem com Onde Eu Moro.
Agora, em vez de iniciar a cerimônia e transmitir tudo de uma vez, a cerimônia do Dolby Theatre começará uma hora antes da transmissão ao vivo. A apresentação e os discursos dos oito primeiros vencedores serão editados e apresentados durante a transmissão ao vivo de três horas, que Rubin enfatizou que ainda proporcionaria a cada vencedor seu “momento Oscar”.
Rubin disse que as mudanças são necessárias para a saúde futura do Oscar.
“Ao decidir como produzir o Oscar, reconhecemos que é um programa de televisão ao vivo e devemos priorizar o público para aumentar o envolvimento do espectador e manter o programa vital, cinético e relevante”, escreveu Rubin. “Este tem sido um importante foco de discussão há algum tempo. Fazemos isso enquanto também lembramos a importância de que nossos indicados desfrutem de uma experiência única na vida”.
A possibilidade de retirar algumas das 23 categorias do Oscar da transmissão é uma questão debatida há muito tempo. Em 2019, a academia inicialmente procurou exibir quatro categorias – fotografia, edição, maquiagem e penteado e curta-metragem – em um segmento gravado e encurtado. Mas depois de uma reação negativa, a academia voltou atrás dias antes do show.
Mas a audiência continuou a cair. A transmissão do ano passado, severamente alterada pela covid-19, caiu para uma baixa histórica de 9,85 milhões de espectadores – em 2018, 29,6 milhões de pessoas assistiram. A pressão aumentou não apenas com o parceiro de transmissão de longa data do Oscar, a rede ABC, mas dentro da academia para inovar uma instituição cultural que há muito resiste à mudança.
Este ano, depois de vários Oscars sem apresentador oficial, os produtores escolheram Amy Schumer, Regina Hall e Wanda Sykes como apresentadoras. O programa, produzido por Will Packer, também reconhecerá o filme favorito votado pelos fãs no Twitter.
Agência Estado