Os golpes financeiros que acontecem por meio de aplicativos de conversa se tornaram um problema comum no dia a dia dos brasileiros.
Segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 8 milhões de pessoas foram vítimas de armadilhas on-line no último ano.
Clonagem de cartão, empréstimo fraudulento e estranhos se passando por entes conhecidos são os crimes mais recorrentes.
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A Eunice Oliveira é contadora e trabalha com atendimento via aplicativo de mensagens. Um certo dia, por conta de uma ligação telefônica ela teve a rede social hackeada.
“Aconteceu uma coincidência, eu estava respondendo uma pesquisa sobre alimentação há dois anos. E neste dia eles me disseram que eu iria receber uma ligação para fazer uma pesquisa sobre a Covid”, lembrou.
Dois minutos. Foi o tempo suficiente para os amigos da Eunice perceberem que a rede social dela estava invadida. “Uma amiga me ligou me avisando que meu WhatsApp foi clonado e que estavam pedindo dinheiro”, contou.
Um dos clientes da contadora fez o depósito. “Um cliente estava em um jogo de futebol com o filho dele, envolvido, e de repente recebeu um pedido de ajuda urgente em meu nome, ele prontamente atendeu. O prejuízo foi de R$ 4 mil”, lamentou.
O especialista em segurança de dados, Wagner Siqueira, comenta quais são os golpes mais comuns. “O principal golpe é, realmente, se passar por alguém, usar os contatos do WhatsApp e começar a pedir dinheiro emprestado”, comentou.
O segundo, ele acrescenta, é sequestrar as contas de redes sociais. “Porque, também, os criminosos de posse dessa informação, eles conseguem abordar os contatos e aplicar o golpe”, completou.
O especialista ainda comentou que é comum ter redes sociais e aplicativos bancários logados no mesmo aparelho celular. A recomendação para evitar cair em golpes é dificultar o acesso às informações aos possíveis criminosos.
Como recuperar
No caso de um golpe de Pix já ter sido feito, é preciso registrar o boletim de ocorrência. Assim, a polícia vai investigar.
Quando o caso do golpe for o sequestro de rede social, notifique a plataforma responsável o mais rápido possível.