Nos últimos anos, o Brasil enfrenta com muita frequência de inundações, alagamentos e deslizamentos. Neste ano, o litoral paulista sofreu com fortes chuvas que deixaram 65 mortos e mais de 2500 desabrigados.
Em 2022, uma tragédia semelhante aconteceu em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, onde 240 pessoas perderam a via em deslizamentos de terra após horas de chuva intensa.
Na última sexta-feira (24), o governo estadual decretou estado de emergência por 180 dias em seis cidades do Estado de São Paulo. Quatro delas ficam na região do Vale do Paraíba, sendo Taubaté, Monteiro Lobato, Cachoeira Paulista e São Bento do Sapucaí.
As inundações são o segundo desastre mais recorrente no Brasil, representando cerca de 30% do total e aparecendo como a principal responsável por mortes neste contexto. Esses dados são da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).
Mas será que é possível minimizar os danos diante de situações como essas? David Szpilman, médico e secretário-geral da Sobrasa, explica que evitar ocupar locais proibidos é uma das principais ações a serem tomadas. No entanto, as atitudes mais fáceis e simples do dia a dia ajudam bastante.
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Dr David Szpilman dá dicas, ainda, de como verificar os sinais em casa que podem indicar que aquele local está comprometido pelas chuvas ou enxurradas. Nesses casos, a orientação é a desocupação imediata do local.
É sempre bom lembrar que em qualquer chuva intensa ou sinais de deslizamentos e inundações, a Defesa Civil local precisa ser avisada. Em caso de emergência, basta ligar para os Bombeiros, pelo número 192.
Chuvas em São Sebastião
Até o momento, 65 mortes foram confirmados, sendo 64 em São Sebastião. Entre os mortos, uma criança faleceu em Ubatuba. Segundo a Prefeitura de São Sebastião, o número de desaparecidos caiu para 7. As buscas por vítimas se concentram na localização provável desses corpos, e, assim que forem encontrados, as buscas se encerrarão, o que está previsto para hoje (25).
Durante as buscas, 26 pessoas foram resgatas com vida.
As chuvas voltaram a atingir regiões da cidade. O Cemaden já havia alertado sobre a possibilidade de novos deslizamentos.
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Equipes do município de São Sebastião com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Cinquenta e sete corpos (57) já foram identificados e liberados para o sepultamento. São 21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças.
Atualmente, a prioridade segue no socorro às vítimas e no atendimento aos mais de 1.090 desalojados e 1.126 desabrigados.
*Com informações da Rádio Agência Brasil e reportagem TV Thathi SBT