Foi registrado na tarde de ontem (28) 47 milímetros de chuva na região central e 45 milímetros na região norte, na cidade de São José dos Campos. Segundo a Defesa Civil, esses números representam o equivalente a dois dias de chuva. O temporal durou meia hora.
Foram mobilizadas equipes das secretarias de Manutenção da Cidade, Mobilidade Urbana, Educação, além da Defesa Civil. A Prefeitura já está nas ruas para realizar a limpeza, desobstrução das vias, remoção de árvores e galhos.
Houve registro de queda de árvore nos seguintes locais: rua Jaguari (Vila Sinhá), rua Humaitá (centro), rua engenheiro Demerval Veras com rua Professor Sebastião Paulo de Toledo (Vila Industrial), além de queda de muro na Rodovia SP-50 (região norte).
Também foram registrados alagamentos na região central (avenidas Nelson Dávila, Paraibuna, Adhemar de Barros, São João, Francisco José Longo, Eduardo Cury, Teotônio Vilela, Maestro Egídio Pinto e rua Turquia) e nos bairros Águas de Canindu e Freitas, na região norte.
Na avenida Brasil, no bairro Capuava, região sudeste da cidade, o revestimento asfáltico cedeu em alguns trechos.
Defesa Civil
Equipes estão vistoriando bairros na região norte (próximos ao Rio Buquira) e bairros da região sudeste (próximos ao Rio Cambuí).
A Defesa Civil interditou cinco casas na região central de São José dos Campos. As famílias foram encaminhadas para a casa de familiares e abrigos municipais.
Equipes de manutenção e limpeza trabalharam no rescaldo das chuvas desde a noite de terça-feira nas 13 escolas municipais atingidas. As aulas foram mantidas em todas as unidades nesta quarta-feira.
A Prefeitura de São José dos Campos montou uma força-tarefa para solucionar os danos provocados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na tarde desta terça-feira (28).
Previsão do tempo
A meteorologista do Cemaden, Mariana Pallota, explicou que a chuva que atingiu São José dos Campos na tarde de ontem (28) foi fruto de uma linha de instabilidade desde a região metropolitana de São Paulo, que passou por todo o Vale do Paraíba, Baixada Santista e Litoral Norte. “O sistema que a gente chama de “cavado”, é o que instabiliza a atmosfera nos mais altos níveis e que ajuda a trazer mais umidade para a região. Então, umidade mais calor, resulta em fortes chuvas.
O termo técnico, “cavado”, é usado para determinar quando uma região na atmosfera onde ocorre uma ondulação do fluxo de ventos no sentido horário no Hemisfério Sul e onde há também uma tendência à queda da pressão atmosférica. O sistema que atingiu São Sebastião, também na tarde de ontem, é o mesmo que atingiu a cidade de São José.
A meteorologista ainda alertou que qualquer chuva nas regiões com solos úmidos podem ocorrer novos deslizamentos. “Tem previsão de chuva para a próxima semana, pancadas típicas de verão mais sem previsão de volumes excepcionais. Como a situação é delicada e o solo está úmido, qualquer pancada de chuva é motivo de preocupação”.