Em meio ao caso, mulheres se levantaram e foram à luta. Uma força conjunta para ajudar as vítimas das enchentes e deslizamentos em São Sebastião.
Sabrina Barbosa é moradora da Vila Sahy, epicentro da tragédia. Ela lembra com detalhes tudo o que viu e sentiu.
“Você fica em estado de choque. Você vê várias pessoas morrendo, pedindo socorro e você não quer acreditar que aquilo está acontecendo. Uma cena que me chocou muito é que, de onde eu estava da minha varanda, eu consegui ver o morro [descendo] e as pessoas morrendo e as pessoas que estavam lá embaixo não estavam conseguindo ter a percepção do que estava acontecendo”, relatou.
Ela também é voluntária na Associação Comunitária Amigos de Juquehy Sanju. Hoje ela está ajudando a atender as pessoas que perderam tudo em razão da chuva.
- Saiba também: Última vítima ainda está desaparecida; buscas continuam
“Estamos de mãos dadas, estamos uns ajudando os outros. Acreditamos, sim, que vamos conseguir recomeçar”, desejou.
A Débora Zilberstein é presidente da associação e conta que agora estão conseguindo se estabilizar e que vão começar a se preparar para o pós-tragédia. “Porque isso não vai acaber tão cedo. Isso vai demorar”.
O Corpo de Bombeiros está ativamente trabalhando nas buscas e resgate de vítimas no litoral paulista. A Erica Ramalho, 1ª Tenente de Polícia Militar, esteve empenhada desde as primeiras horas da catástrofe.
“Um cenário de guerra, devastador. Um monte de gente andando na rua machucada, o Instituto Verdescola já estava sendo utilizado para os médicos atuarem. Eram 20 médicos voluntários. Não tinha luz; você não enxergava nada. E você ouvia criança chorando e gente gritando. Essa ocorrência foi marcante”, relembrou.
Edição: Nayara Francesco