Neste domingo, 19 de março, completa um mês da tragédia que atingiu São Sebastião. As fortes chuvas que atingiram a cidade do Litoral Norte, causaram deslizamentos de terra, alagamentos e deixaram 64 pessoas mortas.
No dia 19 de fevereiro, a cidade do litoral paulista foi atingida por temporais que superaram 600 milímetros em menos de oito horas. As regiões da costa sul foram as mais atingidas, principalmente a Vila do Sahy e Baleia Verde.
Conversamos com o chefe de operações do Corpo de Bombeiros, o capitão Paulo Roberto Reis, que contou como foram os trabalhos de resgate e buscas pelas vítimas.
“O que a gente precisava inicialmente era o retrato do que estava acontecendo. Com isso, estabelecemos todas as frentes de trabalho. Então tínhamos frente no Una, Maresias e Barra do Sahy. Por fim, ficou somente a Barra do Sahy, onde teve o grande número de óbitos”, explicou o capitão.
Ainda há uma vítima desaparecida na cidade de São Sebastião. Eliseu Alves Pedro, de 52 anos, trabalhava na Vila Sahy, epicentro do desastre. A comunidade da Baleia Verde, bairro onde mora, fica a pouco mais de 1 quilômetro de distância. “As buscas estão suspensas no local. Foi suspensa por motivo de segurança”, esclareceu.
A Marinha Brasileira também foi acionada para dar apoio às vítimas. O atendimento ocorreu por 17 dias, e durante esse período, foram mais de 1.200 atendimentos médicos e psicológicos, além da ajuda na retirada de duas toneladas de entulho das vias que foram obstruídas na região sul da cidade.