Quimioterapia preventiva é complemento à chance de cura do câncer

Tânia Rêgo/Agência Brasil

A princesa de Gales, Kate Middleton, revelou que foi diagnosticada com câncer e está atualmente sob tratamento quimioterápico preventivo. Kate, de 42 anos, veio a público pela primeira vez, desde janeiro deste ano, após diversas especulações sobre o motivo de seu “sumiço”.

Num vídeo publicado nas redes sociais, a princesa disse: “Em janeiro, fui submetida a uma grande cirurgia abdominal em Londres e, na época, pensava-se que minha condição não era cancerosa. A cirurgia foi um sucesso. No entanto, testes após a operação revelaram a presença de câncer. Minha equipe médica, portanto, aconselhou que eu deveria fazer uma quimioterapia preventiva e agora estou nos estágios iniciais desse tratamento”. 

Mas, o que é a quimioterapia preventiva? Em entrevista à Novabrasil, a médica Marina Sahade, oncologista do hospital Sírio-Libanês e uma das coordenadoras do Oncoguia, ong de apoio ao paciente com câncer, explicou o assunto. O tratamento é feito quando a equipe médica avalia que há um risco de que a doença volte no futuro. É o chamado tratamento adjuvante. Ao término disso, entende-se que a pessoa está curada e ocorre um acompanhamento até concluir cinco anos. 

De acordo com a médica, “esse tratamento preventivo tem duração de quatro a seis meses e se aplica a quase qualquer tipo de câncer, como mama e intestino”. Segundo ela, “toda vez que um câncer é operado com intenção curativa, ou seja, não é metastático e nem avançado, é o caso de se discutir a quimioterapia preventiva”. 

Marina Sahade explicou ainda que há tumores em que a quimioterapia não faz sentido, pois nem todo tumor é sensível à quimioterapia endovenosa. “Alguns têm indicação de comprimidos, outros radioterapia e alguns são tratados com quimioterapia na veia, mas não são todos que recebem esse tratamento”, conclui a médica. 

O tratamento preventivo também apresenta efeitos colaterais, mas a médica ressalta que os avanços atuais geram uma toxicidade muito menor do que antigamente. Apesar disso, é um tratamento que requer privacidade e pode debilitar o paciente. 

A oncologista lembrou que as pessoas devem se atentar à colonoscopia, principalmente após os 50 anos. E os mais jovens devem observar alterações do hábito intestinal e fazer acompanhamentos médicos para prevenir.

A doutora Marina destaca que “o câncer não é uma sentença de morte e quando falamos de tratamento preventivo é um complemento à uma chance de cura”.

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