Especialista tira dúvidas sobre uso de repelentes no combate à dengue

Dengue: Campinas registra primeiros casos de sorotipos 2 e 3; entenda riscos
Imagem: FreePik/ Prefeitura de Campinas

O Brasil atingiu mais de 500 mil casos de dengue em 2024. Os dados são do Ministério da Saúde. Os dados incluem casos confirmados e prováveis, ou seja, ainda em estudo. No período, foram 75 mortes e mais de 200 estão sendo investigadas.

E, em meio a esse número de casos, além da limpeza, não deixar água parada e outros cuidados, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, recomenda o uso de repelentes.

Em entrevista à Novabrasil, Ana Freitas Ribeiro, médica epidemiologista do Hospital Emílio Ribas, falou sobre o uso desses produtos e as dúvidas nesse caso:

Qualquer repelente consegue prevenir a dengue?

Ana Freitas diz que o importante é utilizar repelentes que estão certificados pela Anvisa e seguir a bula do produto. Alguns, com Icaridina, têm tempo maior de proteção, de cerca de 10 horas. Outros têm duração menor e é necessário recolocar após o primeiro uso.

Há contraindicação de uso de repelentes?

Os repelentes foram testados para segurança da população. Se ocorrer alguma reação leve ao produto, é necessário suspender o uso. Há repelentes com fórmulas para crianças e também para mulheres grávidas.

No atual momento, precisamos do repelente em qualquer lugar ou apenas em áreas de risco?

Em períodos de transmissão alta, deve-se utilizar sempre, seguindo a bula. Outra alternativa é usar roupas longas, algo pouco provável no verão. Mas, sempre lembrando que essa é uma proteção individual.

Receitas caseiras de repelentes podem ser usadas?

Temos de seguir as metodologias científicas que comprovam a segurança e eficácia desses produtos. Os repelentes caseiros não são testados e, portanto, não têm comprovação de sua eficiência no combate ao mosquito da dengue.

Uma criança que já teve dengue pode tomar a vacina?

Sim. O risco de desenvolver formas graves ocorre quando há uma segunda infecção. Se a criança já teve dengue, numa segunda exposição ela pode ter uma situação mais grave. Lembrando que a maioria dos casos é leve, mas há possibilidade de agravamento para crianças e idosos em reinfecções.

Há risco de efeito colateral com a vacina?

Não, a vacina não causa doença, pois não tem o vírus vivo.

A médica Ana Freitas Ribeiro, do Hospital Emílio Ribas, ressaltou a importância da limpeza para evitar os criadouros e ajudar no enfrentamento da dengue. Segundo ela, “na maioria dos casos, o vetor está na residência, por isso é necessário manter a limpeza como dever de casa”.

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