Em ação conjunta entre a Polícia Civil de Rio Claro e a Delegacia de Defesa da Mulher, as equipes do 10° BAEP localizaram na tarde desta terça-feira (8), um adolescente de 16 anos suspeito de tentativa de feminicídio, escondido em uma residência na Rua 29 SE, no bairro Santa Elisa. Durante a abordagem, o jovem atirou contra os policiais, que reagiram, resultando na morte do suspeito.
A operação foi coordenada pela Delegada Marina Miranda Lubiana, responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher em Rio Claro. As equipes do 10° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) receberam a informação de que o suspeito, envolvido em uma tentativa de feminicídio, estaria escondido em uma residência na Rua 29 SE, no bairro Santa Elisa.
Ao chegarem ao local, os policiais avistaram o adolescente dentro da residência, ao lado de uma motocicleta sem placa que correspondia às características do veículo usado na ação criminosa. A motocicleta, posteriormente, foi identificada como produto de roubo. Assim que percebeu a aproximação dos policiais, o suspeito fugiu para os fundos da casa.
Os policiais, então, formaram uma célula tática utilizando um escudo balístico e forçaram a entrada na residência, iniciando uma varredura pelos cômodos. Durante a abordagem, o jovem efetuou dois disparos com um revólver calibre .38, atingindo o escudo balístico dos policiais. A equipe revidou os disparos, atingindo o suspeito, que caiu ao solo. Imediatamente, os agentes o desarmaram e o socorreram até a UPA Cervezão, onde o adolescente veio a óbito.
Jovem foi acusado de matar a avó em 2023
O adolescente, identificado como J.P.B., de 16 anos, já possuía um histórico criminal significativo. Em julho de 2023, ele foi autor de um homicídio contra a própria avó paterna, Adriana Cristina Ribeiro, de 50 anos. Na ocasião, ele teria entrado em contato com a Polícia Militar pelo número 190 e confessado o crime, além de ligar para o pai pedindo perdão antes de desligar o celular. O pai do jovem encontrou a mãe morta nos fundos da casa, vítima de ao menos dois golpes no pescoço. A perícia apreendeu uma faca, possivelmente usada no crime, na pia da cozinha.
Segundo o delegado Carlos Alberto Schio, que investigou o caso, Adriana tinha passagens por tráfico de drogas e esteve presa até 2018. Já o adolescente, antes desse episódio, não possuía registros criminais e não era considerado violento pelos familiares. Após o homicídio contra a avó, a apreensão do jovem foi decretada.