Adolescentes atendidos pela Fundação Casa Araçá, em Araçatuba (SP), participaram do 2º Café Literário, realizado em novembro, onde apresentaram textos autorais produzidos em oficinas literárias promovidas pelo ensino formal. Durante o evento, os jovens compartilharam relatos de vida e histórias que integram o livro “Vozes Adolescentes – Entre Letras e Horizontes”, resultado de meses de trabalho desenvolvido pela agente educacional Sonia Miloca.
O projeto, que funcionou como uma atividade pedagógica complementar, incentivou os participantes a refletirem sobre suas trajetórias, desafios e sonhos. Por meio da escrita, os adolescentes puderam ressignificar suas experiências e projetar esperanças para o futuro, utilizando a literatura como um instrumento de autoconhecimento e reconexão social.
Evento emocionante e inspirador
No Café Literário, os jovens leram trechos de suas narrativas para um público formado por educadores, familiares, escritores e membros da comunidade local. As histórias, por questões legais, não identificam os autores, mas emocionaram os presentes ao traduzirem vivências marcantes e mensagens de superação e transformação.
“Esse projeto demonstra como a literatura pode ser uma ponte para a ressignificação da vida e para a reconexão com a sociedade. Foi incrível ver a coragem e a criatividade desses jovens ao expressarem suas histórias, cada uma carregada de sentimentos profundos e uma mensagem de transformação”, destacou Sonia Miloca, idealizadora da iniciativa.
Legado do projeto
O livro “Vozes Adolescentes – Entre Letras e Horizontes” será incorporado ao acervo da biblioteca da Fundação Casa Araçá, onde servirá como inspiração para outros adolescentes. A iniciativa busca incentivar a escrita como forma de expressão, reflexão e superação, destacando o papel transformador da educação e da literatura.
Sobre a Fundação Casa
A Fundação Casa, vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Atendendo adolescentes de 12 a 21 anos incompletos, a instituição executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base nos atos infracionais e nas idades dos jovens.
Com foco na humanização e na garantia dos direitos previstos em lei, a Fundação Casa promove ações que visam a ressocialização e o retorno dos adolescentes ao convívio social, contribuindo para a construção de novas perspectivas de vida.