Amigo da jovem que planejou assalto ao pai em Guararapes é preso por participação no crime

Luís Gustavo Silva Yoshimoto, de 28 anos, foi preso na noite de quarta-feira (17) ao se apresentar na delegacia em Araçatuba (SP), acompanhado de uma advogada. Ele é amigo de Letícia Ayumi Rodrigues Kudo, condenada por planejar um assalto à casa do próprio pai em Guararapes, ocorrido em 2016 e que ganhou repercussão nacional.

Histórico do Caso

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Letícia foi liberada da Penitenciária Feminina I “Santa Maria Eufrásia Pelletier” de Tremembé em 3 de setembro de 2019. Yoshimoto foi preso por alguns dias após a polícia desvendar o crime, mas respondeu em liberdade até ser condenado em 2018 a 9 anos e 2 meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A decisão transitou em julgado recentemente, e o mandado de prisão foi expedido nesta semana.

Detalhes do Crime

A denúncia relata que Letícia vivia uma relação conturbada com os pais, agravada pela morte da avó. Acreditando que os pais se apropriaram do dinheiro de uma previdência privada destinada a ela e à irmã, Letícia desabafou com Yoshimoto, que também alegava ter dinheiro a receber do pai dela, para quem havia trabalhado.

Yoshimoto sugeriu simular um furto à casa dela. Com o dinheiro, planejavam se mudar para o Japão. O plano foi executado com a participação de outros cúmplices. Letícia dopou os cachorros para facilitar o acesso dos criminosos, que invadiram a casa enquanto as filhas do comerciante estavam no quarto. O comerciante foi agredido, forçado a abrir o cofre, e foram roubados cerca de R$ 15.000,00, além de armas, joias e bijuterias.

Confissão e Condenações

Durante a investigação, Letícia confessou o crime e indicou os demais cúmplices, todos condenados em primeira instância, exceto Yoshimoto, que foi absolvido inicialmente. O Ministério Público recorreu da absolvição, argumentando que Yoshimoto teve participação material e moral no crime. Ele indicou o executor do crime, participou das reuniões e ajustes do plano, estimulando Letícia e sua irmã adolescente a organizar o roubo.

Decisão do Tribunal de Justiça

O desembargador relator do recurso do Ministério Público concluiu que Yoshimoto foi essencial na concepção e execução do crime, plantando a ideia na mente de Letícia e facilitando o contato com o executor. Yoshimoto também participou de todos os atos preparatórios, estava no grupo do WhatsApp criado para planejar o crime e encontrou-se com o executor após o assalto para recolher a parte de Letícia.

Conclusão

Com a confirmação da sentença em segunda instância e o trânsito em julgado, Luís Gustavo Silva Yoshimoto foi preso e agora cumpre a pena de 9 anos e 2 meses de prisão por sua participação no assalto.

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