Anistia

A política brasileira sempre foi dirigida para o acordo e reconciliação, para não dizer para uma anistia.

Hélio Consolaro
Hélio Consolaro
Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor, 75 anos. Oito livros publicados. Membro da Academia Araçatubense de Letras, foi vereador e secretário municipal de Cultura por oito anos.
Anistia, nem geral e nem irrestrita
Anistia, nem geral e nem irrestrita

A política brasileira sempre foi dirigida para o acordo e reconciliação, para não dizer para uma anistia.

A nossa independência foi proclamada pela família real portuguesa; que deveria ter sido expulsa das terras brasileiras.

A nossa república foi construída de forma esquisita. Um marechal monarquista foi o primeiro Presidente republicano.

Os políticos oposicionistas ao regime militar foram anistiados de voltaram ao Brasil; e os torturadores também.

Não se estranha se a anistia do recente golpe de estado (2023) não terminar de uma forma consensual. Tudo termina em pizza, mas é melhor terminar assim do que numa violência desenfreada.

Como se daria a pizza atual. Congresso brasileiro por lei permite o Supremo Tribunal Federal amenizar

as penas da arraia miúda que invadiu e quebrou os três poderes, deixando a

punição graúda para os organizadores do golpe, como militares e políticos profissionais.

O papel do Presidente Lula será sancionar o grande acordo em forma de lei, sem perdoar os graúdos. Acreditam que assim nas eleições de 2026 o Brasil se torna pacificado. Duvida-se que os graúdos não sejam também perdoados. 

Fique de olho, acompanhe o noticiário.

MUDANDO OS PASSOS

Depois de muita coragem, resolvi mudar meus passos, em vez de pisar torto com minha perna direita, com palmilha e salto de compensação no sapato, me submeti a uma cirurgia. E feliz com o processo de recuperação fui com a Fátima comprar o sonhado tênis na melhor loja da cidade.

O vendedor, desconhecedor de história da humanidade, com certo menosprezo disse:

-Tem esse vietnamita. O pessoal está gostando…

O meu rosto se acende! Os vietnamitas superaram a guerra, estão com suas mercadorias pelo mundo. Lembrei-me do peixe pangaço, do qual gosto muito, mas chegaram à industrialização?

Pensei no tempo da guerra do Vietnã. Um tênis para eu voltar no tempo, na guerra e na paz. Aos 76 anos, voltei a ser aquele garoto que amava os Beatles e os The Rolling Stones e já detestava a guerra. Só faltaram os cabelos compridos e a guitarra. Infelizmente os norte-americanos continuam bélicos, matando a humanidade.

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro das academias de letras de Araçatuba, Andradina, Penápolis e Itaperuna.

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