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Antropocentrismo versus Teocentrismo

Adelmo Pinho
Adelmo Pinho
Adelmo Pinho escreve a coluna Reflexão no TH+ Araçatuba. É articulista, cronista e membro da Academia de Letras de Penápolis e da Academia Araçatubense de Letras. Foi Procurador do Estado de São Paulo e está como Promotor de Justiça desde 1995.
Imagem Ilustrativa

O homem é o fim ou destinatário de tudo? O antropocentrismo é uma concepção filosófica que coloca o ser humano como centro do universo. O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci é uma representação dessa ideia, de apresentar o corpo humano com proporções harmônicas e ideais perante o universo.

Colocar o ser humano no centro de tudo, além de ser arrogante, afasta a possibilidade do Divino. Para o teocentrismo, Deus é o centro do universo. A pergunta de todo o sempre, é: Deus existe? Penso que, melhor que exigir prova de que Deus realmente exista, é provar que ele não existe.

Se cada humano refletisse por um minuto na sua curta existência, daria conta do quanto é insignificante perante a vastidão do universo e do tempo. O que difere o ser humano de uma ameba é a inteligência (racionalidade). Ser inteligente, porém, não significa colocar-se no centro de tudo.

Sob a visão da fé, o homem é um “grão de areia” na grande “pra ia” da Divindade. A efemeridade dos seres vivos é um fato biológico: tudo que vive morre. Grandes reis, profetas, sábios, filósofos, santos e mártires morreram … Na atualidade, como menciona Yuval Harari, no best-seller internacional Sapiens, alguns bilionários excêntricos investem milhões de dólares, com a pretensão de a ciência tornar o homem imortal.

Nada contra a evolução da ciência e do aumento da longevidade, mas a busca da imortalidade é coisa de filme de ficção científica. No “campo da fé” , se o ser humano foi realmente criado à imagem e semelhança do Criador, como prega a doutrina judaico-cristã, terá que progredir muito para chegar lá …

A arrogância humana mostra-se ilimitada e seus atos de crueldade, também: guerras, genocídios, descriminação, são “a bola da vez” . Temos só coisa ruim? Não, certamente. Dou um exemplo atual de boa ação: a ajuda humanitária às vítimas das enchentes no Estado do Rio Grande do Sul, é uma demonstração de esperança e humanização.

Mas, mesmo nesse caso, certamente houve a ação/omissão humana que gerou essa catástrofe, já que a natureza responde na proporção em que é provocada. Enfim, neste mundo de seres imperfeitos, enquanto cada um pensar que é superior ao outro, não haverá evolução.

Enquanto o “ter” for mais prestigiado que o “ser”, não haverá progresso moral. Enquanto perdurar a insensibilidade e a indiferença, diante de tantas desgraças e vidas inocentes tiradas, abala-se a esperança de um futuro melhor para a humanidade. Como já dito: “O homem é o lobo do homem”.

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