Araçatuba está no prêmio Jabuti 2023

Hélio Consolaro
Hélio Consolaro
Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor, 75 anos. Oito livros publicados. Membro da Academia Araçatubense de Letras, foi vereador e secretário municipal de Cultura por oito anos.
Foto: Divulgação

Saíram os resultados do Prêmio Jabuti, Câmara Brasileira do Livro: o Oscar da literatura brasileira. Todos têm olhos para o primeiro lugar, mas há uma categoria cujo primeiro lugar são os povos originários (índios): Fomento à Leitura: 1.º Lugar – Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas | Responsável: Evanir de Oliveira Pinheiro.

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Na coletânea, há uma autora de Araçatuba, registrada como Luana Guarani (conhecida entre os araçatubenses de Índia Luana Leite), que já participou do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras. Ela ocupa três páginas da coletânea: 147-149). 

Há também sua biografia. Não se trata de uma caingangue, porque sua origem é Monguaguá-SP, veio para Araçatuba ainda jovem. Daí, no livro, Luana Guarani. 

Poema ARMADURAS 

O laço/ Que faço/ Que enlaça/ O meu eu?/ É uma fina linha de aço!/ Disfarçando o pacote fechado/ Com discretas pontas ocultas,/ Que meu alicate torceu!/ No interior deste embrulho/ Contém tudo que um dia conheci/ Tem amores… dissabores/  Alegrias, desafios e dores/ Experiências vividas, que das vezes chorei, noutras sorri!/ Eu tenho meus laços!/ Meus pedaços, minha aldeia/ Que me torna guerreira… em fogo/ Aquecendo essa alma liberta,/ Que me desperta, alerta ao mundo Na divisão, do melhor que eu posso oferecer.   

Parabéns à Índia Luana Leite, uma mulher ancestral militante, de Araçatuba, que encara a vida e seus desafios, não como guerreira, porque ela é da paz, mas como partidária da não violência.  

    CONTATO: (18) 98189-8878 (Luana)

MANUAL DO LUTO

Fabrício Carpinejar, escritor gaúcho, que escreve sobre tudo, sem preconceito, fez um livro chamado “Manual do luto”.

Como gosto do estilo debochado dele e estou passando por isso, comprei o livro. Nada de deboche, na maior seriedade. A leitura me serviu de orientação.

Quase todas as religiões têm livros publicados, orientando seus fiéis como enfrentar o luto. Gente na internet divide o luto em fases.

Fabrício Carpinejar afirma que luto não é remédio, portanto não tem prazo de validade. Luto não é cara fechada, descuido da aparência. Luto é saudade, lembranças. Para um mesmo morto, o luto é diferente para o marido, para o filho, para o neto. Não se pode confundir luto com sentimento de culpa

Deixo aqui a recomendação. Manual de luto, de Fabrício Carpinejar é uma armadilha para quem gosta de manuais para enfrentar situações difíceis. Na verdade, é um livro de reflexão. Editora Gente.

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