A Polícia Civil da cidade de Birigui, no estado de São Paulo, conseguiu identificar um homem de 35 anos, residente em Guararapes, como o responsável por uma série de chamadas de vídeo indecentes para uma moradora de Birigui, que não o conhecia. Nessas chamadas, o indivíduo aparecia nu e se envolvia em comportamento obsceno.
Hoje, quarta-feira (30), as autoridades cumpriram um mandado de busca e apreensão emitido pelo Judiciário. A ação foi conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Durante a busca, foram encontrados e apreendidos um lençol e uma cortina no quarto do suspeito, os quais aparecem nas imagens que foram gravadas pela vítima.
A investigação foi conduzida sob a coordenação do delegado Ícaro Oliveira Borges. O caso de importunação sexual foi registrado após a vítima comunicar, no último dia 14, que estava recebendo diversas ligações via WhatsApp em chamadas de vídeo. Na primeira ligação atendida, ela se deparou com o homem nu, envolvido em um ato de masturbação, e imediatamente encerrou a chamada.
Apesar disso, o indivíduo continuou fazendo chamadas usando diferentes números, sempre tentando chamar a atenção da vítima. Após 13 tentativas, ela acabou atendendo e percebeu que se tratava do mesmo homem, nu e envolvido no mesmo comportamento indecente.
A polícia constatou que o autor tinha realizado um ato libidinoso sem consentimento da vítima com a intenção de satisfazer seus próprios desejos. Com base nas informações e nas evidências, a DDM iniciou uma investigação detalhada, obtendo parte do vídeo através do marido da vítima, que capturou a situação após ser informado por sua esposa.
Com auxílio de recursos tecnológicos e investigativos, a polícia conseguiu identificar o autor e obteve um mandado de busca e apreensão. O homem foi encontrado em sua residência durante a execução da ordem judicial. Ele teve um dispositivo de armazenamento de dados apreendido, além do lençol e da cortina que aparecem nas imagens das chamadas.
O indivíduo foi conduzido à delegacia e interrogado, mas devido à ausência de flagrante, foi posteriormente liberado. Ele negou ter cometido o crime. O material apreendido será submetido à perícia como parte do processo de conclusão e relato do inquérito.
A polícia acredita que o acusado fez chamadas de vídeo aleatoriamente, sem conhecimento da vítima, sugerindo que outras pessoas também podem ter sido alvo de tais atos. As investigações continuam visando esclarecer totalmente o caso e garantir que a justiça seja feita.