As investigações da Polícia Civil para tentar desvendar a morte de uma família no interior de São Paulo continuam. Mãe, pai e filha foram encontrados mortos em um canavial na zona rural de Votuporanga. Os três estavam desaparecidos desde a última quinta-feira, 28.
O setor de investigações da polícia identificou uma ligação para o 190, número de emergência da Polícia Militar, feita do celular da adolescente de 15 anos, que foi assassinada junto com os pais. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal G1.
A ligação foi registrada na tarde de quinta-feira, 28, quando a família desapareceu após sair para um almoço de aniversário. A chamada, no entanto, não foi completada. Quatro dias após a ligação, os três foram encontrados mortos por um comerciante em Votuporanga/SP.
Entenda o caso
Mirele Tofalete, o marido Anderson Marinho e a Filha Izabelly estavam desaparecidos desde a última quinta-feira, 28, quando saíram de Olímpia, onde moram, com destino a São José do Rio Preto para um almoço em comemoração ao aniversário de Mirele.
Após algum tempo sem dar respostas, familiares começaram a desconfiar e disseram à polícia que não era comum a família viajar sem dar notícias. Os celulares dos três foram desligados durante a noite.
Um boletim de ocorrência foi registrado e a polícia conseguiu ver que o carro havia passado pelo radar um radar em Mirassol e depois em Votuporanga, o que levantou ainda mais suspeita, já que os dois municípios ficam fora do trajeto para Rio Preto.
Na tarde da última segunda-feira, 01, os corpos foram encontrados em uma zona rural de Votuporanga. O corpo da mãe e da filha foram encontrados dentro do veículo, já o do homem foi localizado a cerca de 15 metros de distância. Todos com marcas de tiros. A Polícia Civil aguarda o laudo oficial do IML para seguir com as investigações. Até o momento, ninguém foi preso.
Pai foi preso por tráfico
O mecânico Anderson Marinho, de 35 anos, assassinado junto com sua esposa e filha de apenas 15 anos, em um canavial de Votuporanga, já havia sido preso por tráfico de drogas, em 2015, junto com Ricardo Luis Pedro, conhecido como “o rei do tráfico”, em Olímpia, no interior de São Paulo.
De acordo com o portal Metrópoles, Anderson foi preso em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça, em 14 de abril de 2015.
Dias antes, segundo a informação, ele e outro homem teriam fugido de um rancho na área rural de Olímpia, quando o “rei do tráfico” e um comparsa foram detidos com drogas e presos em flagrante.
Segundo a ficha criminal do homem encontrado morto, ele foi condenado por tráfico de drogas em dezembro de 2015 e teve uma pena de dois anos e um mês já iniciada no regime semiaberto.
Antes disso, ele chegou a ficar preso provisoriamente no Centro de Detenção Provisória de Rio Preto, mas recebeu o benefício de cumprir o restante da pena em prisão domiciliar.
Sem velório
Os corpos de Anderson Marinho, de 35 anos, Mirele Tofalete, de 33, e Isabelly, filha do casal, com apenas 15 anos, foram sepultados nesta manhã no Cemitério Municipal de Olímpia. Devido ao estado em que foram encontradas, as vítimas não tiveram velório.