Em tempos tão desafiadores, cuidar da Saúde Mental é um ato de responsabilidade com a própria vida e com o mundo. No tempo em que vivemos, cuidar das nossas emoções e da nossa mente não é opcional; é questão de sobrevivência pessoal, interpessoal e social. Talvez essa seja a atitude mais básica e indispensável ao nosso tempo.
Se faz urgente cuidar desse lugar único chamado VOCÊ.
Sofrer faz parte da vida, viver em sofrimento não. Doer faz parte da vida, viver em dor não. Entristecer-se faz parte da vida, viver em tristeza não. Esse sofrimento, essa dor, esse mal estar, esse sintoma..…precisam ser olhados, precisam ser reconhecidos, precisam ser cuidados, precisam ser atravessados.
Não confunda DOR com identidade. Você não é a sua dor, você é infinitamente mais que a sua dor.
As nossas emoções (e também os nossos sintomas) comunicam algo…..comunicam nossa história de vida, onde estamos posicionados na vida, como olhamos as situações da vida. Não ignore seus sintomas, não ignore suas emoções; relacione-se com eles.
E entenda: não é sobre não sofrer, é sobre buscar (construir) recursos emocionais para atravessar os sofrimentos da vida sem perder a Saúde, sem deixar de existir.
Vivemos a cultura da urgência, a cultura da pressa, a cultura do imediatismo; no entanto, quando o assunto é cuidar da Saúde Mental, o caminho é o inverso ao do “passe de mágica”
Olhar para dentro é uma das tarefas mais difíceis e corajosas da vida. Depois de enxergar quem somos não dá mais para se fazer de desentendido.
Cuidar da Saúde Mental é um convite a essa mudança de lugar: sair do lugar de ficar olhando a vida do outro, e se posicionar em um lugar subjetivo onde o seu olhar seja para si, para dentro de si.
Por uma cultura de cuidados com a Saúde Mental.
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro.
Eliane Cabral é Psicóloga Clínica, Especialista em Prevenção e Pósvenção em Suicídio, Especialista em Saúde Mental; Percurso em Psicanálise



