Um levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde de Araçatuba (SP) revelou que, em 2025, as crianças entre zero e 12 anos representam 13% dos casos confirmados de dengue na cidade. Esse dado destaca a vulnerabilidade dessa faixa etária diante do avanço da doença, com um agravante para o grupo de crianças com menos de cinco anos. Dentro desse total, 43% das crianças afetadas têm menos de cinco anos, uma faixa etária considerada mais suscetível à desidratação, complicação comum em casos graves de dengue.
A dificuldade de comunicação nas crianças menores também tem contribuído para o aumento da gravidade dos casos, uma vez que, muitas vezes, elas não conseguem expressar claramente os sintomas da doença, dificultando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
Vacinação e cobertura insuficiente
No município, a vacinação contra a dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com o objetivo de reduzir a transmissão do vírus e proteger os mais jovens. No entanto, os números de imunização ainda são baixos. De acordo com o último levantamento divulgado pela prefeitura, em 10 de janeiro, apenas 21% do público-alvo foi imunizado. De um total de 13.107 crianças e pré-adolescentes que têm indicação para a vacina, apenas 2.850 tomaram a dose.
Medidas emergenciais
Diante do aumento significativo dos casos de dengue, o prefeito de Araçatuba, Lucas Zanatta (PL), decretou estado de emergência em saúde pública no município. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa na manhã de terça-feira (14), com o objetivo de intensificar as ações de combate à doença. Além do decreto de emergência, a prefeitura informou que abrirá duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) nos bairros Morada dos Nobres e Umuarama, que funcionarão 24 horas para atender pacientes com sintomas da doença.
Até o momento, a cidade registrou 834 casos confirmados de dengue, com duas mortes suspeitas sendo investigadas. A Secretaria de Saúde tem intensificado as ações de prevenção, incluindo campanhas de conscientização sobre a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, além do acompanhamento e monitoramento das condições de saúde dos pacientes afetados.
A situação em Araçatuba é um alerta para a população, especialmente para os pais de crianças pequenas, que precisam ficar atentos aos sintomas da doença e buscar atendimento médico imediato, caso necessário.



