Um memorando emitido pela Divisão de Assistência Farmacêutica da Prefeitura de Birigui, no estado de São Paulo, endereçado à Diretora de Atenção Básica e Especialidades, Márcia Galhego Garcia, alertou a cidade sobre uma possível escassez de medicamentos disponíveis para a população na Farmácia Municipal.
Datado de 31 de outubro, o documento é assinado pela chefe interina da Divisão de Assistência Farmacêutica, Franciele Priscila de Marque, e pelo diretor de Planejamento e Gestão dos Recursos em Saúde Pública, Fernando Monteiro Pereira.
O memorando destaca que devido a um atraso de pagamento superior a 90 dias aos fornecedores da Divisão de Assistência Farmacêutica, a situação atual é descrita como sem precedentes, mesmo ao longo da última década.
Consequentemente, esse atraso nos pagamentos resultou em bloqueios no faturamento e entregas de medicamentos que já haviam sido adquiridos. Isso levou a uma situação alarmante, onde um quarto do estoque de medicamentos estava zerado em relação à lista de medicamentos padronizados no município.
Além disso, outro quarto dos medicamentos está previsto para ser racionado durante o mês de novembro, agravando ainda mais a escassez, com previsões de que metade dos medicamentos padronizados possam estar em falta até o final do mês, de acordo com o memorando.
O memorando destaca que a escassez afeta não apenas os medicamentos, mas também as medicações necessárias para curativos domiciliares e unidades de saúde, o que requer medidas de racionamento de atendimento com base em uma tabela.
O documento também faz menção às medicações injetáveis disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ressaltando que a situação se deteriorará à medida que o estoque disponível diminuir.
Procurada para comentar a situação, a Prefeitura de Birigui emitiu uma nota por meio de sua assessoria de imprensa, na qual alega que as informações contidas no memorando apresentam algumas inconsistências devido a informações desatualizadas.
A administração municipal afirmou que a situação financeira da cidade está em constante evolução e que o Poder Executivo avaliará a situação antes de emitir notas oficiais por meio dos canais regulares de divulgação da administração municipal.