Hacker Patrick César é ouvido pela Polícia Civil de Araçatuba em inquérito sobre crimes

Foto: Reprodução

O hacker Patrick César da Silva Brito, de 31 anos, foi ouvido pela Polícia Civil de Araçatuba em um inquérito instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DIG/Deic).

Atualmente em liberdade provisória na Sérvia desde 22 de dezembro, ele aguarda julgamento de recurso após ter sido rejeitado o pedido de asilo no país, onde já foi decidida a extradição.

Patrick, anteriormente preso por um ano, teve um mandado de prisão preventiva relacionado ao processo que investiga crimes de invasão de dispositivos e extorsão contra o prefeito Dilador Borges (PSDB) e a primeira-dama de Araçatuba, Deomerce Damasceno.

O inquérito em que Patrick foi ouvido aborda crimes como coação no curso do processo, injúria, calúnia, difamação, ameaça, falsidade documental e exploração de prestígio. Há também um segundo inquérito, inicialmente instaurado pela DIG/Deic e posteriormente encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil de Araçatuba, que investiga possível crime de invasão de dispositivos, envolvendo indícios de participação de um policial civil. Ambos os processos tramitam em segredo de Justiça na 1ª Vara Criminal de Araçatuba.

O depoimento de Patrick à polícia ocorreu no dia 4 deste mês e foi confirmado pela defesa do hacker e pela Polícia Civil de Araçatuba. Em dezembro do ano passado, após ser liberado da prisão, Patrick admitiu em depoimento a uma comissão na Câmara de Bauru ter hackeado as redes sociais da vereadora Estela Almagro e do jornalista Nelson Itaberá.

A Promotoria de Justiça, através do Gaeco, encaminhou a investigação à Justiça Federal devido aos supostos crimes terem sido cometidos enquanto Patrick já estava na Sérvia. A reportagem apurou que, após o depoimento na DIG/Deic, Patrick foi formalmente indiciado pelos crimes investigados, e o caso em breve deve ser relatado à Justiça para as devidas providências. Não há informações sobre o inquérito em tramitação na Corregedoria da Polícia Civil.

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