Homem é condenado a mais de 10 anos de prisão por tentar matar o tio em Araçatuba

O Tribunal do Júri de Araçatuba condenou Gilberto Carlos de Souza a 10 anos, 6 meses e 20 dias de prisão por tentativa de homicídio e corrupção de menor, após ter atirado contra o marido de sua tia em 2016. O crime ocorreu no bairro Morada dos Nobres, durante uma discussão relacionada a uma dívida de R$ 300,00 pela compra de um veículo.

O crime

Em 30 de julho de 2016, a vítima foi cobrar a quantia pendente da venda de um Ford Fiesta de 1998. Durante a cobrança, uma discussão começou, e o irmão adolescente do réu golpeou a vítima com uma coronhada, socos e pontapés, além de um disparo que a feriu no cotovelo. Em seguida, Gilberto Carlos tomou a arma do irmão e atirou novamente, acertando o tórax da vítima.

Mesmo ferida, a vítima conseguiu fugir e se esconder atrás de um bar nas proximidades. Gilberto Carlos perseguiu a vítima, disparando mais dois tiros que não a atingiram, enquanto o irmão adolescente tentou atacá-la com uma cadeira. Os dois fugiram ao perceber a chegada da polícia.

A vítima ficou internada por 13 dias e passou por três cirurgias devido aos ferimentos.

Julgamento

O réu foi julgado por homicídio tentado qualificado e corrupção de menor. Durante o julgamento, o promotor Adelmo Pinho pediu a condenação de acordo com a denúncia. A defesa, feita pelos advogados Eduardo Cury e Silvia Andrea Magnani da Silva, alegou negativa de autoria e solicitou que fosse reconhecida a atenuante de violenta emoção.

No entanto, os jurados acataram o pedido do Ministério Público. O juiz Carlos Gustavo de Souza Miranda destacou em sua sentença que a vítima sofreu ferimentos graves e ainda enfrenta dores constantes e limitações nos movimentos do braço esquerdo. Além disso, ele ressaltou que a vítima não esperava ser atacada por um membro da família.

Condenação

Gilberto Carlos foi condenado a 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão pela tentativa de homicídio e 1 ano e 8 meses pela corrupção de menor. Ele aguardava julgamento em liberdade, mas foi preso após a nova determinação do STF, que exige a execução imediata da pena após a condenação. O réu foi encaminhado a uma unidade prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

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