A Justiça de Araçatuba (SP) acatou o requerimento da defesa e adiou o julgamento pelo Tribunal do Júri da ex-soldado da Polícia Militar, Miriam Cristiane Senche de Zacarias. O julgamento estava marcado desde novembro do ano passado para esta quinta-feira (18) no Fórum da cidade.
Miriam é acusada de homicídio qualificado por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima, seu ex-marido, o tenente-coronel PM Paulo Roberto Zacarias Cunha. O crime ocorreu em 21 de fevereiro de 2004, em Araçatuba. A denúncia aponta que Miriam teria fornecido informações privilegiadas e oferecido a arma usada no crime ao seu namorado na época, que já foi condenado pelo assassinato.
Inicialmente, a defesa da ré, representada pelo advogado Paulo Dornelas de São Paulo, solicitou o adiamento da sessão alegando que Miriam tinha um procedimento estético marcado para a mesma data. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça, que considerou a cirurgia como não justificativa suficiente para adiamento.
Posteriormente, a defesa apresentou outro requerimento solicitando o adiamento, desta vez anexando um atestado de saúde do próprio advogado, que alegou estar impossibilitado de comparecer ao julgamento. Diante disso, a Justiça aceitou o pedido e remarcou o Júri Popular para o próximo dia 6 de maio.
Após mais de 20 anos do crime, Miriam aguarda julgamento em liberdade. Ela já foi julgada duas vezes pela Justiça Militar, sendo absolvida na primeira ocasião e condenada na segunda. Após um período presa, obteve liberdade concedida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Posteriormente, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que ela fosse submetida a Júri Popular, anulando o julgamento anterior realizado pela Justiça Militar.
 acatou o requerimento da defesa e adiou o julgamento pelo Tribunal do Júri da ex-soldado da Polícia Militar, Miriam Cristiane Senche de Zacarias. O julgamento estava marcado desde novembro do ano passado para esta quinta-feira (18) no Fórum da cidade.){kind=link}