Justiça determina afastamento de 9 membros do Conselho da Funepe

A Justiça de Penápolis (SP) acatou o pedido do Ministério Público e ordenou o afastamento de nove membros do Conselho Curador da Funepe (Fundação Educacional de Penápolis). Esses indivíduos são parte dos 21 alvos da Operação Reglus, deflagrada pela Polícia Civil de Araçatuba em novembro do ano passado, que investiga possíveis desvios de mais de R$ 35 milhões da Fundação entre 2019 e 2022.

Durante a operação, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em Penápolis e um em Araçatuba. O investigado neste último caso era um advogado que presidia a Funepe durante o período em que as supostas fraudes ocorreram. O suposto líder do esquema teve prisão temporária decretada por 5 dias na época. Durante as buscas, foram apreendidos diversos itens, incluindo veículos, dinheiro em espécie, celulares, computadores, notebooks, pen drives e documentos para perícia. Como o caso tramita em segredo de Justiça, não foram divulgados detalhes sobre a investigação.

Segundo apurado pela reportagem, o pedido de afastamento foi feito pelo Ministério Público dentro do inquérito policial, e a decisão foi proferida pela 2ª Vara do Fórum de Penápolis na terça-feira (16). A decisão menciona que os indícios dos delitos foram apresentados na autorização de busca e apreensão nas residências dos investigados e no parecer do Ministério Público.

O juiz justificou o afastamento dos nove integrantes do Conselho Curador como uma medida necessária para evitar interferências em decisões estratégicas da entidade, dada a gravidade dos crimes investigados. Embora o Conselho seja composto por 64 pessoas, o magistrado argumentou que a participação dos investigados poderia influenciar as deliberações colegiadas e criar obstáculos às investigações.

Agora, está sendo convocada uma reunião extraordinária para informar os demais membros do Conselho Curador sobre a decisão judicial e discutir possíveis medidas a serem tomadas.