Médicos com fronteiras

Hélio Consolaro
Hélio Consolaro
Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor, 75 anos. Oito livros publicados. Membro da Academia Araçatubense de Letras, foi vereador e secretário municipal de Cultura por oito anos.
Foto: CNN

Há sempre o apelo veiculado pela TV em que a ONG “Médico sem Fronteiras” solicita doações. Salvar vidas com uma pequena doação. Em 1999, a entidade ganhou o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho.

Mais de 63 mil profissionais de diferentes áreas e nacionalidades compõem a organização, que é independente, com 97,1% de seu financiamento vindos de doações de indivíduos e da iniciativa privada. 

Mas o que ela faz de bom, quais são seus objetivos? 

“Médicos sem Fronteiras é uma organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos que oferece ajuda médica e humanitária a populações em situações de emergência, em casos como conflitos armados, catástrofes, epidemias, fome e exclusão social.” Wikipédia.  

POR QUE SEM FRONTEIRAS? 

Lembre-se de um antigo ditado, verdadeiro até hoje: fazer o bem sem ver a quem. Até mesmo para seu inimigo. Em qualquer país, não importa o regime político. Se há gente sofrendo, criança morrendo, lá estão os médicos sem fronteiras. A medicina é o único passaporte exigido. Os profissionais têm modestos salários, e trabalham em área de risco.

Em Gaza, a ONG está prestando serviços, mas estão encontrando fronteiras duríssimas. Para os médicos sem fronteiras, não importa quem está precisando de atendimento, se palestino ou israelense. Está sempre a serviço do necessitado.

Lá em Gaza, por força da contingência, estão atendendo mais os palestinos, pois são eles os mais atingidos pelos bombardeios, mas Israel está impondo-lhes fronteiras, pois destroem hospitais e matam profissionais de saúde. Dois grupos terroristas se digladiam (Hamas e Israel) e a população morre de montão. 

Diante da ferocidade israelense, a intensidade da violência inicial do Hamas perante a opinião pública parece pequena. Quem tinha razão, perdeu-a.

Acontece o mesmo na questão do aborto, não importa se legalmente ou ilegalmente, o médico (principalmente da saúde pública) precisa atender à mulher vulnerável. Já foi a primeira vida, a do feto; salva-se a segunda, o da mãe.

O velhinho Biden, aquele hipócrita, está descaradamente a serviço da indústria armamentista norte-americana, ignora a ONU e aliou-se ao ultradireitista e sanguinário Benjamin Netanyahu.

Na prática da vida, não importa o dogma ou a ideologia, mais importante é defendê-la radicalmente. Onde ela estiver bruxuleando, há um fio de esperança, o voluntário está lá para servir com seu ânimo.  Na vida, às vezes, queremos ser sem fronteiras, mas o outro as impõem. Chega a dar aos não violentos o ímpeto da agressão, mas precisamos resistir. 

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