Mais uma vez, a Mesa Diretora da Câmara de Araçatuba (SP) recuou e retirou da pauta da sessão desta segunda-feira (11) o projeto que elevaria para R$ 9.800,00 o subsídio mensal pago aos 15 vereadores da cidade. O aumento, que seria válido a partir de 2025, foi proposto pela presidente da Casa, Cristina Munhoz, e pela segunda secretária, Regininha (Avante).
A legislação não permite que os vereadores concedam reajuste aos próprios salários, e, com a decisão de retirar o projeto, os parlamentares continuarão recebendo R$ 6.502,25 pelo menos até 2028.
Cristina Munhoz justificou a retirada do projeto, afirmando que atendeu a um pedido dos vereadores, que também queriam que ela propusesse o aumento no número de cadeiras na Câmara. Segundo ela, foram realizadas reuniões para discutir o projeto, mas alguns vereadores recuaram no último momento.
A presidente da Câmara afirmou que, se houvesse um consenso entre os vereadores, o projeto seria apresentado e poderia ser aprovado. No entanto, diante do recuo de alguns parlamentares, ela optou por retirar a proposta da pauta.
O vereador Dunga reconheceu que o projeto seria aprovado se fosse colocado em votação, mas elogiou Cristina Munhoz por retirá-lo da pauta. Ele destacou que a presidente teve coragem ao jogar a responsabilidade de reapresentar a proposta para outros vereadores que teriam que assiná-la.
Cristina Munhoz rebateu as críticas, afirmando que foi corajosa ao retirar o projeto. Ela também questionou a postura de um vereador que se declarou contrário ao aumento do subsídio, mas recebe 50% de gratificação para assessor e chefe de gabinete, classificando tal atitude como hipocrisia.