Um morador da zona rural de Valparaíso (SP) foi detido nesta quarta-feira (19) pela Polícia Militar Ambiental, acusado de maus-tratos a animais. Na propriedade dele, foram encontrados seis cães com sinais de maus-tratos e dois chifres de animais silvestres foram recolhidos.
Os policiais foram à fazenda onde o investigado reside durante a “Operação 47º Aniversário do 2º BPAmb”, para cumprimento de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça de Valparaíso. As equipes estavam em busca de possíveis armas de fogo e, após comunicar o investigado, que é funcionário e reside na propriedade, iniciaram as buscas.
Em vistoria no interior da residência, foram encontrados dois chifres pendurados na parede, sendo um de veado catingueiro e o outro de cervo do Pantanal. Ainda durante as buscas, foram encontrados os seis cães, sendo um da raça Pit Bull, quatro da raça Boxer e um da raça Leão da Rodésia.
Segundo a polícia, os animais apresentavam extrema magreza e ferimentos pelo corpo. Os indícios são de que essas lesões provavelmente foram provocadas por outros animais, durante o manejo de javali, segundo o que foi informado pela polícia, já que o investigado confirmou que utiliza os cães para essa prática.
Após constatar a situação dos animais, os policiais entraram em contato com o Setor de Zoonose da Prefeitura de Valparaíso, e a médica veterinária que avaliou os cães atestou o estado de maus-tratos.
Os policiais fizeram duas autuações, uma de R$ 18 mil pelos maus-tratos aos cães e outra de R$ 5 mil por caçar espécimes da fauna silvestre, devido à localização dos chifres dos animais silvestres na residência.
Os chifres foram apreendidos e depositados na sede do 1º Pelotão Ambiental em Araçatuba, mas os animais foram depositados ao investigado, por falta de local apropriado para destinação.
O homem foi apresentado na delegacia de Valparaíso, onde o delegado que presidiu a ocorrência decidiu por liberá-lo após ouvir as declarações dele, por entender que não houve, em um primeiro momento, configuração de elementos para a prisão em flagrante. Porém, um inquérito será instaurado e ele será investigado por possível crime de maus-tratos a animal doméstico, conforme artigo 32 da lei 9.605/98.
