Uma moradora de Bilac (SP) denunciou à Corregedoria da Polícia Civil o desaparecimento de joias e outros bens após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência no último dia 15. A ação foi conduzida por policiais civis da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Santos, como parte de uma investigação de tráfico de drogas.
Confronto relatado
Os policiais relataram que foram recebidos com disparos de fuzil ao chegar ao local, disparados por três homens que fugiram em uma caminhonete Toyota Hilux. O veículo foi encontrado no dia seguinte, abandonado em um canavial na zona rural de Bilac. Um boletim de ocorrência por tentativa de homicídio foi registrado, e a Polícia Civil instaurou inquérito sobre o caso.
Denúncia de desaparecimento
Na última sexta-feira (17), a moradora, acompanhada do advogado criminalista Jair Moura, apresentou representação formal à Corregedoria da Polícia Civil em Araçatuba. No documento, ela denuncia que, ao retornar à residência após a ação policial, constatou o desaparecimento de bens como três pulseiras de ouro, cinco correntes de ouro, pares de brincos, um relógio Apple Watch, um relógio da marca Orient e dois relógios Rolex, além de um frasco de perfume Calvin Klein. Fotografias e notas fiscais foram anexadas à denúncia para comprovação de propriedade.
Possíveis irregularidades
A representação também aponta que a busca ocorreu fora do horário permitido por lei, após as 18h, o que contraria o artigo 5º, inciso XI, da Constituição Federal e a legislação processual penal. Além disso, questiona a ausência de comunicação prévia à Delegacia de Polícia de Bilac sobre a operação.
Outro ponto destacado é o dano ao sistema de monitoramento da residência. Segundo a moradora, os policiais teriam destruído as câmeras de segurança e retirado o DVR responsável pela gravação das imagens.
Pedidos de investigação
A mulher solicita a instauração de um procedimento administrativo para apurar as supostas irregularidades, incluindo o desaparecimento dos bens e a conduta dos policiais envolvidos. Também pede a realização de perícia na residência, além de explicações sobre a retirada e o destino do DVR.
Resposta da Secretaria de Segurança Pública
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a 10ª Corregedoria Auxiliar de Araçatuba está investigando os fatos apresentados. “As medidas cabíveis serão tomadas após a conclusão das apurações”, afirmou em nota oficial.



