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Morre dona Teresa, mãe do ex-prefeito Cido Sério, aos 91 anos, em Araçatuba

Nascida no Piauí, ela veio para o Noroeste de São Paulo na década de 1960 e completaria 92 anos no dia 23 de setembro.

Dona Teresa entre a nora, Keller, e o filho Cido Sério | Foto: Álbum de Família

A aposentada Teresa Joana Lopes faleceu na tarde desta terça-feira (16), aos 91 anos de idade. Mãe do ex-prefeito de Araçatuba Cido Sério (PV), ela estava hospitalizada desde que teve um mal súbito, na noite dessa segunda-feira (15).

Dona Teresa, como todos a chamavam, nasceu em 23 de setembro de 1934, em Lagoa Seca, lugarejo localizado no município de Simões, estado do Piauí.

Daqui a uma semana, completaria, oficialmente, 92 anos de idade, muito embora a data de seu nascimento não fosse de todo certa – calcula-se que ela já tivesse os seus 95 anos.

Mulher de fibra, dona Teresa teve uma vida difícil. Fugiu da seca em direção ao Oeste do Estado de São Paulo, onde, inicialmente, trabalhou nas lavouras de café, nos municípios de Bento de Abreu e Valparaíso, nos anos 1960.

Morou também em Santo Antônio do Aracanguá, onde seus pais estão sepultados, e é lá que gostaria que seus restos mortais fossem deixados, conforme deixou avisado aos mais próximos.

Vida difícil

Casou-se e teve cinco filhos, que criou com amor e firmeza. Enfrentou maus pedaços, como quando fora despejada. Para não deixar os filhos aos relento, não pensou duas vezes: invadiu um imóvel.

Trabalhou na roça, de doméstica, lavadeira, cozinheira, foi dona de pensão. Fez de tudo para dar a melhor educação aos seus descendentes. A falta à escola ou o mau desempenho escolar eram os únicos motivos para dar uma boa surra nos “meninos”.

Leitura

Não teve grandes oportunidades na vida, mas não se fez de rogada. Matriculou-se no antigo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), programa do Governo Federal criado na década de 1970 com a proposta de erradicar o analfabetismo no Brasil.

E passou a gostar de ler, principalmente jornais e revistas. Mas gostava mesmo era de dançar. Era frequentemente vista nas pistas trocando passos com o filho Cido Sério e amigos.

Aos 93 anos, continuava lúcida, firme em suas convicções. Adorava política. Tanto que morreu filiada e como militante do Partido dos Trabalhadores (PT).

Despedida

“Ela era uma pessoa que não se entregava. Eu jamais passaria em concurso público, jamais seria deputado ou prefeito se não fosse ela”, afirma o filho Cido Sério. “Sei que todo mundo morre, mas mãe não deveria morrer, deveria ser imortal”, lamentou.

Recentemente, chorou a perda do filho Francisco, que faleceu no ano passado. E agora é ela quem deixa os filhos Teresa, Rubens, Cido e Luís Antônio.

Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

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