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Morte de jovem após 32h de espera gera protesto na Câmara

Sabrina Severo da Silva Barbosa faleceu após esperar 32 horas por um leito hospitalar; protesto ocorreu na Câmara de Araçatuba, nesta quarta-feira (3).

Familiares e amigos protestaram pela morte da cuidadora de idosos

A morte da cuidadora de idosos Sabrina Severo da Silva Barbosa, de 30 anos, que faleceu no dia 23 de novembro após aguardar por 32 horas por uma vaga em um hospital, foi alvo de um protesto na Câmara Municipal de Araçatuba (SP), na noite desta quarta-feira (3). Amigos e familiares manifestaram sua indignação e cobraram investigação e justiça, durante uma homenagem póstuma à jovem.

Carregando uma faixa com os dizeres “Justiça por Sabrina – Exigimos investigação pela morte de Sabrina, que após aguardar 32 horas por vaga, veio a falecer”, o grupo compareceu ao plenário para protestar contra a falha do sistema de saúde.

A manifestação ocorreu durante a discussão de um requerimento de Voto de Pesar, proposto pelo vereador Ícaro Morales (Cidadania). A maioria dos vereadores cobrou empenho das autoridades para a ampliação de vagas nos hospitais da região e mais agilidade da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), na transferência de pacientes que necessitam de internação.

32 horas de espera

Sabrina procurou o Pronto-Socorro Municipal Aida Vanzo Dolce, em Araçatuba, na manhã do dia 20 de novembro, apresentando forte mal-estar. Ela foi medicada, passou por exames e recebeu alta no final da tarde.

No dia seguinte, ela retornou ao PSM, passou por nova avaliação médica e foi medicada. Às 15h18, foi solicitada transferência para um hospital, via Cross.

Diante das negativas por vaga e da condição clínica da paciente, a equipe médica ordenou o envio de Sabrina, no sábado, dia 22, com o critério de vaga zero, quando o doente é transferido mesmo que o hospital não tenha condições adequadas para recebê-lo.

Sabrina foi transferida para a Santa Casa de Araçatuba às 22h20 de sábado, mas acabou falecendo horas depois, na madrugada do dia 23, vítima de “abdome agudo”.

A família afirma que Sabrina morreu à espera de um atendimento digno e que a tragédia poderia ter sido evitada, caso houvesse uma resposta mais ágil da regulação e uma estrutura mais eficiente de atendimento.

“Símbolo da dor coletiva”

O requerimento de voto de pesar aprovado pela Câmara descreve a jovem como uma profissional exemplar e um “símbolo da dor coletiva”. O texto destaca sua trajetória como cuidadora de idosos, exercendo a função “com amor, paciência, compromisso e humanidade”, e menciona suas conquistas pessoais, como a recente aquisição da casa própria.

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