MP pede que mulher denunciada por matar o irmão em Araçatuba vá a Júri Popular

Nesta terça-feira (6), durante uma audiência de instrução e julgamento, o Ministério Público e a defesa fizeram suas manifestações finais no caso da mulher acusada de homicídio por matar seu irmão a tiros em novembro de 2023. A Justiça de Araçatuba (SP) deverá em breve se manifestar sobre o julgamento.

O promotor de Justiça, Adelmo Pinho, reforçou o pedido de pronúncia para que a ré seja levada a julgamento pelo Júri Popular. Em contrapartida, a defesa, representada pelo advogado Flávio Batistela, argumentou que não deve haver sentença de pronúncia, alegando que a ré agiu em legítima defesa de terceiros, no caso, sua filha, que teria sido abusada sexualmente pelo irmão. Um boletim de ocorrência relatando o suposto abuso foi registrado dois dias antes do assassinato.

Ainda não há prazo definido para a publicação da sentença. Caso a pronúncia seja determinada, a data do julgamento não será definida de imediato, pois existe a possibilidade de recurso contra a decisão.

O caso

Bruno Augusto Marques de Araújo, de 31 anos, foi morto a tiros na tarde de 22 de novembro de 2023, na residência da família, na rua Tibiriçá, em Araçatuba. Uma semana após o crime, a irmã dele se apresentou à polícia acompanhada do advogado e confessou ter atirado no irmão após descobrir que ele teria abusado sexualmente de sua filha de 10 anos.

Imagens de câmeras de monitoramento mostraram a ré chegando à casa da família em uma Honda Biz. Ela estacionou o veículo, entrou no imóvel e retornou minutos depois. Após pegar algo debaixo do banco, a ré voltou para o imóvel e, logo depois, Araújo apareceu correndo com a mão na barriga, sendo acompanhado pela irmã. O corpo dele foi encontrado caído na calçada oposta, com seis perfurações de disparos de arma de fogo.

A mulher alegou que a arma utilizada no crime pertencia ao irmão, que a deixava guardada em sua casa, e que após o crime, ela jogou a pistola na Lagoa das Flores. Buscas foram realizadas no local, mas a arma não foi localizada. A ré aguarda a decisão em liberdade, e o processo tramita em segredo de Justiça devido às informações sobre o possível estupro.

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