Mulher acusada de matar o irmão é denunciada pelo Ministério Público em Araçatuba

O Ministério Público em Araçatuba (SP) formalizou uma denúncia por homicídio contra uma mulher de 36 anos, acusada de matar a tiros o próprio irmão, Bruno Augusto Marques de Araújo, de 31 anos. O crime ocorreu em 22 de novembro de 2023, na residência da família, localizada na rua Tibiriçá.

A acusada se entregou à polícia cerca de uma semana após o ocorrido, acompanhada por seu advogado, Flávio Batistella. Em seus depoimentos, a mulher confirmou ter cometido o homicídio após descobrir que o irmão teria abusado sexualmente de sua filha, que à época tinha apenas 10 anos de idade. Atualmente, ela aguarda a decisão da Justiça em liberdade.

A denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho está sob sigilo, devido às informações sensíveis relacionadas ao suposto abuso de vulnerável. Caso a denúncia seja aceita, a mulher se tornará ré e poderá ser submetida a julgamento pelo Júri Popular.

O crime ocorreu na casa onde residiam os pais da acusada, e imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia mostram a chegada da mulher ao local em uma motocicleta. Ela estacionou o veículo, adentrou a residência e, minutos depois, retornou com uma arma de fogo. O corpo de Bruno Augusto foi encontrado na calçada próxima à residência, apresentando seis perfurações por disparo de arma de fogo.

A mulher alegou à polícia que a arma utilizada no crime pertencia ao próprio irmão e que após o homicídio teria jogado a pistola na Lagoa das Flores. Apesar das buscas realizadas pelas autoridades, a arma não foi localizada.

O advogado da acusada continua a defender sua cliente, sustentando a tese de legítima defesa de terceiros, argumentando que a mulher agiu em proteção à sua filha. Ele ressalta que, caso haja pronunciamento, será solicitada a aplicação da excludente de licitude, prevista em lei, que é a legítima defesa.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público marca mais um capítulo neste trágico caso, que envolve não apenas o crime em si, mas também a complexidade das relações familiares e a busca pela justiça diante de circunstâncias tão delicadas.

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