, uma mulher de 27 anos, que se identificou como fonoaudióloga, foi detida pela Polícia Civil em Coroados (SP) ao ser flagrada atuando como médica na unidade de saúde da cidade. Ela admitiu ter comprado documentação falsa para exercer ilegalmente a medicina, mesmo sem a devida formação.){kind=link}
Nesta segunda-feira (4), uma mulher de 27 anos, que se identificou como fonoaudióloga, foi detida pela Polícia Civil em Coroados (SP) ao ser flagrada atuando como médica na unidade de saúde da cidade. Ela admitiu ter comprado documentação falsa para exercer ilegalmente a medicina, mesmo sem a devida formação.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde de Coroados acionou a polícia durante a tarde ao suspeitar que uma mulher contratada para atender na Unidade Básica de Saúde (UBS) estava praticando medicina sem autorização.
A suspeita se apresentou como médica pela manhã, exibindo um número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Após realizar diversos atendimentos a pacientes de todas as idades, suas ações levantaram suspeitas entre os enfermeiros e técnicos da unidade.
Após investigação, descobriu-se que o número de registro apresentado pertencia na verdade a um médico urologista. Ao confrontar a suspeita, que afirmava ser formada em medicina por uma faculdade em São José do Rio Pardo, constatou-se que a instituição não tinha turma formada em medicina na data alegada.
Confissão
Ao ser confrontada com as evidências, a mulher confessou que não possuía formação em medicina e admitiu ter pago por documentos falsos para conseguir o emprego como médica em uma empresa de Piracicaba. Ela afirmou ainda que aquele era seu primeiro dia de trabalho na UBS de Coroados, onde realizou 36 atendimentos a pacientes.
A polícia apreendeu o carimbo falso, diversos documentos e o celular da suspeita, que foi presa em flagrante e levada à delegacia. Ela deverá responder por exercício ilegal da medicina, perigo para a vida ou à saúde de outrem, falsidade ideológica, uso de documento falso e tentativa de estelionato.
Por se tratar de crimes com penas que somadas ultrapassam 4 anos de prisão, não foi concedida fiança à acusada. Após prestar depoimento, ela permaneceu à disposição da Justiça para audiência de custódia.