Será retomada hoje (15) a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. O trecho mais atingido por conta da falta de chuva na região da hidrovia, desde agosto do ano passado, foi o da hidrelétrica Nova Avanhandava, em Buritama (SP), no Noroeste Paulista, que paralisou o transporte entre Pederneiras (SP) e São Simão (GO).
Nesse trajeto normalmente são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios das usinas Três Irmãos e Ilha Solteira. A hidrovia Tietê-Paraná chegou a ter 10 comboios operando, de um total de 24 que funcionavam de janeiro a maio de 2021. Crises hídricas como a que está sendo superada afetam diretamente o transporte da produção agrícola do Brasil.
De acordo com o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, pela hidrovia são escoadas as produções para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira com destino a São Simão (e vice-versa). Dos 2.400 km de extensão de toda a hidrovia Tietê-Paraná, 800 km estão no Estado de São Paulo.
Antes da paralisação, a hidrovia vinha transportando níveis recordes da produção agrícola brasileira, principalmente de soja e milho. Em 2020, somou 2,1 milhões de toneladas de cargas transportadas, mesmo com a pandemia. No ano anterior (sem covid-19), a movimentação havia sido de 2,5 milhões de toneladas no trecho de São Paulo, administrado pelo Departamento Hidroviário.
Estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que o Brasil utiliza um terço dos 63 mil quilômetros navegáveis dos rios. Atualmente, o país utiliza 19 mil km, ou seja, 30,9% da malha hidroviária para o transporte comercial (de cargas e passageiros). E a hidrovia Tietê-Paraná é uma das mais importantes do País.