Penapolense avalia desistência da Série A4 em 2025 por dificuldades financeiras

Foto: Rodrigo Corsi/FPF

A diretoria do Clube Atlético Penapolense (CAP) ainda está em dúvida sobre a participação do time na Série A4 do Campeonato Paulista em 2025. A Federação Paulista de Futebol (FPF) pode convidar um substituto em caso de desistência de alguma equipe, e o CAP está considerando pedir licença do futebol profissional no próximo ano. O Colorado Caieiras e o Paulista de Jundiaí garantiram suas vagas na Série A4 ao chegarem à final da Segunda Divisão, enquanto a AEA, que teve a melhor campanha entre os semifinalistas, pode ser convidada se o Penapolense optar por não participar.

Nilso Moreira, presidente do Conselho Deliberativo do CAP, confirmou que a diretoria está buscando parceiros para manter o time, mas a dificuldade em encontrar apoio financeiro pode levar à desistência. “Estamos buscando parceiros, e se não encontrarmos, provavelmente vamos pedir licença do profissional”, afirmou ele. A decisão final deve ser tomada em uma reunião do Conselho Deliberativo após as eleições municipais em outubro, com grandes chances de o clube não participar, segundo Moreira.

A dificuldade em garantir parceiros para custear as despesas do time é a principal razão para a possível desistência. Nilso Moreira, que foi presidente do CAP no primeiro semestre deste ano, revelou que a manutenção do time tem sido bancada por ele nos últimos três anos, com um custo médio de R$ 2 milhões por ano. “Impossível continuar assim. Isso não é um investimento, pois nunca vou ver esse dinheiro de volta”, desabafou.

Quanto à possibilidade de o Penapolense se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), Nilso Moreira descartou essa opção no momento, afirmando que o foco atual é buscar uma recuperação judicial para o clube. Ele informou que está sendo feito um levantamento das dívidas do CAP, que devem estar entre R$ 1,5 e R$ 2 milhões.

Nilso Moreira elogiou o trabalho da AEA na Segunda Divisão deste ano e destacou o apoio da torcida, que compareceu em grande número nos jogos em Araçatuba, contrastando com a baixa presença de público nos jogos do Penapolense. O estádio municipal de Araçatuba recebeu cerca de 4 mil torcedores por partida, enquanto os jogos do CAP na A4 não atraíram mais de 2 mil pessoas no total.

Por fim, Nilso Moreira expressou seu apoio à ideia de uma fusão entre o CAP, o Bandeirante de Birigui e a AEA, visando formar um clube forte capaz de disputar divisões maiores do Campeonato Paulista e até um campeonato brasileiro. Ele sugeriu que a cidade sede fosse Araçatuba, argumentando que é hora de deixar as rivalidades de lado e unir forças para o bem do futebol regional.

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