Vinte e quatro milímetros foi quanto choveu em dois dias da semana passada na região de Araçatuba (SP). Serviu para melhorar a umidade relativa do ar, mas foi muito pouco para aliviar a estiagem. Em Penápolis (SP), que é um dos maiores municípios da região, o nível do ribeirão Baixotes, que abastece a cidade, está 20% mais baixo que no mesmo período do ano passado.
Com isso, o Departamento de Água e Esgoto (DAEP) colocou em prática um plano de contingência na tentativa de equilibrar o volume de água consumido pela população com o volume de água que o ribeirão consegue oferecer no período de estiagem. São oito medidas, que vão de campanhas educativas e suspensão do uso de água para lavar espaços públicos, à diminuição da pressão da água que chega às torneiras das casas.
De acordo com o presidente do DAEP, Carlos Bachiega, o próximo passo, caso o nível do ribeirão Lajeado continue baixando, é o início do racionamento e aplicação de multa de R$ 130,00 para quem for flagrado desperdiçando água.
Na região de Araçatuba, ao menos um município já está racionando. É Mirandópolis, onde o racionamento começou no dia 31 de julho. Na cidade, o abastecimento de água está dividido em três períodos: normal, restrito e fechado. Das 6h às 17h, a concessionária que presta o serviço diminui o fornecimento de água aos moradores (é o período chamado de restrito); das 17h às 22h30, o sistema não tem alteração (esse momento é classificado como normal); e das 22h30 às 6h, o abastecimento é totalmente interrompido (portanto, fechado).
Tanto em Mirandópolis quanto em Penápolis, as concessionárias pedem a atenção da população para evitar o desperdício de água, evitando lavar calçadas, garagens, automóveis e também para diminuir o tempo no banho.
