Piloto preso em Penápolis já tinha histórico de tráfico internacional de drogas

Foto: Polícia Militar/Divulgação

O piloto Wesley Lopes foi preso nesta segunda-feira (16) em Penápolis (SP), suspeito de transportar 435,86 quilos de cocaína em um avião monomotor. Ele já havia sido detido em 2018 pelo mesmo crime e estava na lista da Interpol como suspeito de envolvimento com tráfico internacional de drogas.

Segundo a Polícia Militar, o monomotor decolou de Aquidauana (MS) com destino a Rio Claro (SP) e foi monitorado durante o trajeto. Após o pouso em Penápolis, Wesley foi abordado pela equipe do helicóptero Águia, que coordenou a operação com o apoio da Polícia Rodoviária e da Polícia Federal. Durante a ação, o piloto confessou que receberia pagamento pelo transporte da droga.

Além da cocaína, a aeronave e os equipamentos foram apreendidos. Apesar do Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade estar válido, o avião foi utilizado de forma irregular. O copiloto, que também foi detido, possui antecedentes por tráfico de drogas e pensão alimentícia.

Wesley acumula passagens pela polícia desde 2018, quando foi interceptado no Amazonas transportando quase meia tonelada de cocaína em um bimotor. Em 2019, ele foi preso na Bahia, onde chefiava um grupo criminoso que realizava pousos clandestinos e transportava drogas para Manaus. A prisão foi efetuada após denúncias sobre um avião suspeito que pousava frequentemente na região de forma irregular.

A lista de antecedentes do piloto inclui ainda um acidente aéreo em maio deste ano no Acre, quando caiu no rio Tarauacá. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave tinha capacidade para duas pessoas, mas levava três no momento do acidente. Apesar de estar regular, o avião não tinha autorização para realizar táxi aéreo.

No acidente no Acre, Wesley sobreviveu, mas um dos tripulantes, Pedro Rodrigues Parente Neto, conhecido como Pedro Buta, desapareceu meses depois durante uma viagem de trabalho à Venezuela.

A prisão mais recente de Wesley e a apreensão de mais de 400 quilos de cocaína reforçam a suspeita de seu envolvimento contínuo com o tráfico internacional de drogas. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal em Araçatuba (SP).

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