A Polícia Civil de Araçatuba (SP) revelou nesta quarta-feira (5) que mais de 60 pessoas foram presas ao longo da investigação que resultou na Operação Último Tango. A operação, deflagrada entre terça e quarta-feira (4 e 5), cumpriu mandados de busca e de prisão temporária contra suspeitos de tráfico de drogas e envolvimento com organização criminosa.
Nos dois dias de ação, 12 pessoas foram detidas, sendo cinco em cumprimento de mandados de prisão temporária e sete em flagrante.
Investigação e ligação com o PCC
A investigação começou em 2022, após a apreensão do celular de Fernando Pereira Ildefonso, conhecido como “Messi” ou “Argentino”, apontado como Sintonia Geral do Progresso na área 018 do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele era responsável pelo gerenciamento do tráfico de drogas na região.
Dias depois de seu celular ser apreendido, Messi foi assassinado e encontrado enrolado em um cobertor com um cadarço no pescoço, em uma área rural de Araçatuba.
A partir da análise dos dados do aparelho, a polícia identificou vários integrantes da facção criminosa, que atuavam em um esquema de compra coletiva de drogas e armazenavam os entorpecentes em “casas bomba” antes da distribuição.
Prisões e ligação com homicídios
Entre os capturados nesta quarta-feira estão dois líderes do PCC em Araçatuba, que mantinham conexões com integrantes da facção em Rinópolis e Tupã.
Durante a operação, também foram apreendidas armas que teriam sido usadas em homicídios recentes em Araçatuba, motivados por disputas pelo tráfico de drogas.
Desdobramentos
🔹 Mais de 60 presos desde o início da investigação;
🔹 4 inquéritos abertos para investigar tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro;
🔹 Possível ligação dos investigados com homicídios em Araçatuba;
🔹 Apreensão de armas que podem ter sido usadas nos crimes.
A Polícia Civil segue analisando os equipamentos apreendidos e novas prisões podem ocorrer.



