Polícia Civil realiza cumprimento de mandados em Araçatuba, Birigui e Sud Mennucci

A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (11), o cumprimento de mandados de busca em Araçatuba, Birigui e Sud Mennucci, como parte da 3ª fase da “Operação Pax”. A ação investiga uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.

Foto: Divulgação

A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (11), o cumprimento de mandados de busca em Araçatuba, Birigui e Sud Mennucci, como parte da 3ª fase da “Operação Pax”. A ação investiga uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.

Coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná, a operação contou com ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa. No total, foram emitidos 19 mandados de prisão preventiva e 53 mandados de busca e apreensão.

Ação e apreensões

Os agentes cumpriram mandados em 46 endereços distribuídos por cinco estados, e durante a operação, cinco pessoas ficaram feridas. Na região de Araçatuba, celulares foram apreendidos, enquanto no âmbito geral da operação foram recolhidos sete armas de fogo, munições, R$ 37 mil em dinheiro, um veículo e cerca de três quilos de drogas, incluindo crack, maconha e cocaína.

Investigações

De acordo com o Ministério Público do Paraná, as investigações iniciadas há três anos identificaram a existência de uma organização criminosa responsável pelo tráfico de armas e drogas. O grupo, para consolidar seu domínio sobre o mercado ilícito, teria eliminado membros de facções rivais em Ponta Grossa e outras regiões do estado, intensificando a “guerra de facções” e o número de homicídios.

A primeira fase da operação, deflagrada em 2022, reduziu os índices de assassinatos em Ponta Grossa. Essa etapa gerou duas ações penais contra 16 pessoas pelos crimes de organização criminosa, porte e posse ilegal de armas, disparos de arma de fogo e uso de documentos falsos.

Condenações

Uma das ações penais resultou na condenação de oito réus em primeira instância, incluindo o líder da organização criminosa, preso em dezembro de 2022 no Rio de Janeiro e atualmente detido em um presídio federal de segurança máxima.

A segunda fase focou no crime de lavagem de dinheiro, revelando o uso de “laranjas” para movimentar dezenas de milhões de reais oriundos de atividades ilícitas. Nessa etapa, cinco pessoas foram presas, e 11 foram denunciadas por tráfico de drogas, integração em organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Terceira fase

A etapa atual tem como objetivo desarticular o grupo que continua a praticar crimes como homicídios, tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, mesmo com algumas lideranças detidas em presídios do Paraná.

Entre os investigados está um monitor de ressocialização, funcionário terceirizado do sistema penitenciário, acusado de corrupção por aceitar propina para facilitar privilégios a presos. Ele teve a prisão preventiva decretada e foi afastado de suas funções pelo Departamento de Polícia Penal do Estado.

Operações complementares

Paralelamente à “Operação Pax”, a 13ª Subdivisão da Polícia Civil do Paraná, com apoio do Gaeco, executou as operações “Day Break” e “Concórdia”, que também visam desarticular células da mesma organização criminosa. Essas ações resultaram no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão preventiva, focando em homicídios e tráfico de drogas nos municípios de Ponta Grossa e Ivaí.

As operações conjuntas envolveram mais de 250 policiais civis, militares e penais em diversos estados, buscando reduzir os índices de homicídios relacionados ao tráfico de drogas e disputas entre facções criminosas.

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