A Polícia Civil de Catanduva (SP) abriu inquérito, nesta segunda-feira (6), para investigar uma denúncia de suposto desvio de R$ 15 milhões nas contas da Câmara Municipal. A acusação foi feita pelo prefeito reeleito, Padre Osvaldo (PL), durante a cerimônia de posse no dia 1º de janeiro.
Em seu discurso, o prefeito solicitou ao novo presidente da Câmara, Marcos Grippa (PL), que investigasse a suposta irregularidade ocorrida nos anos de 2023 e 2024, sob a gestão do ex-presidente Marquinhos Ferreira (PT). Padre Osvaldo pediu empenho na moralização do Legislativo e responsabilização dos envolvidos.
Em resposta, a Câmara decretou ponto facultativo nos dias 2 e 3 de janeiro para organizar documentos relacionados às denúncias. O delegado João Lafayette Sanches, responsável pelo caso, determinou que a atual presidência da Câmara encaminhe os documentos e contratos das últimas gestões para análise.
O vereador Marquinhos Ferreira se defendeu, afirmando que as acusações do prefeito são “levianas e mentirosas”. Ele destacou que as contas de 2023 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e disse estar confiante de que as de 2024 também serão aprovadas. Marquinhos ainda afirmou que processará o prefeito pelas declarações.
Padre Osvaldo justificou sua denúncia com base nos orçamentos da Câmara. Segundo ele, as despesas passaram de R$ 9 milhões em 2022 para R$ 16 milhões em 2023, excedendo a previsão de R$ 10 milhões. Em 2024, os gastos chegaram a quase R$ 23 milhões, enquanto a previsão era de até R$ 12 milhões, configurando um aumento de R$ 11 milhões.
O prefeito afirmou que os números indicam uma possível irregularidade superior a R$ 15 milhões nos dois anos investigados. Ele defendeu que suas declarações foram baseadas em análises do orçamento, não em conclusões definitivas.
A investigação da Polícia Civil busca esclarecer a origem das disparidades orçamentárias e identificar eventuais responsáveis.
 abriu inquérito, nesta segunda-feira (6), para investigar uma denúncia de suposto desvio de R$ 15 milhões nas contas da Câmara Municipal. A acusação foi feita pelo prefeito reeleito, Padre Osvaldo (PL), durante a cerimônia de posse no dia 1º de janeiro.){kind=link}