Após o transbordamento da Lagoa das Flores, no último sábado (13), que inundou dezenas de casas, a Prefeitura de Araçatuba (SP) anunciou um pacote de medidas emergenciais e estruturais para solucionar o problema dos alagamentos na região. Desde o ocorrido, o prefeito Lucas Zanatta (PL) e secretários municipais estão elaborando estratégias para lidar com a situação.
A administração municipal atribui o desastre ao volume de chuva recorde, que atingiu 102,4 milímetros (mm) em um único dia, volume que representa mais da metade da média histórica esperada para todo o mês de dezembro (189,9 mm).
Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO), a chuva de sábado foi o maior volume diário registrado na cidade nos últimos 14 anos. Até então, o maior volume havia sido de 103,5 milímetros, em março de 2011.
Segundo a Prefeitura, a intensidade da chuva superou a capacidade de drenagem da lagoa, e a situação foi agravada pelo acúmulo de sedimentos e resíduos sólidos. A administração ressaltou que a bomba de escoamento funcionava normalmente, mas precisou ser desligada quando a lagoa transbordou.
Ações Imediatas
Como medidas urgentes, a Prefeitura já iniciou o desassoreamento da lagoa para aumentar sua capacidade de armazenamento e a limpeza geral da área alagada. Além disso, está providenciando a instalação de uma segunda bomba para acelerar a vazão da água em futuras chuvas intensas.
Paralelamente, o Fundo Social de Solidariedade está cadastrando e prestando atendimento a todas as famílias atingidas, enquanto a Secretaria de Assistência Social estuda formas de apoio continuado.
Nesta segunda-feira (15), o prefeito Lucas Zanatta se reuniu com representantes da Defesa Civil do Estado de São Paulo para buscar recursos, apoio técnico e equipamentos, visando fortalecer a capacidade de resposta do município a eventos climáticos extremos.
Nova lagoa
Para uma solução definitiva, a Prefeitura anunciou que planeja a construção de uma nova lagoa de contenção na cidade. O município também pretende buscar recursos a fundo perdido em programas estaduais e federais para financiar projetos de enfrentamento a desastres climáticos.
“Eventos extremos, como o registrado no dia 13, não podem ser tratados como exceção, mas como um alerta para a construção de uma cidade mais resiliente”, avaliou o prefeito Lucas Zanatta.


