O presidente da Câmara de Birigui (SP), André Fermino (PP), fez graves denúncias durante a sessão de terça-feira (9) sobre o contrato de gestão do pronto-socorro municipal, revelando uma nota fiscal de mais de R$ 42 mil por serviços de manutenção e jardinagem em áreas inexistentes. A emissão dessa nota fiscal pela empresa Jobs Construtora e Serviços Ltda, de Cubatão (SP), levantou questionamentos sobre a aplicação dos recursos públicos.
Fermino, que assumiu temporariamente a prefeitura após a cassação do prefeito, informou que não autorizou o pagamento de R$ 1,8 milhão à OSS (Organização Social de Saúde) Mãos Amigas, responsável pela gestão do pronto-socorro. Ele também destacou a falta de prestação de contas adequada por parte da entidade, com 90% das informações apresentadas consideradas irregulares.
A Prefeitura de Birigui informou que o contrato com a Mãos Amigas refere-se a uma chamada pública e que a prestação de contas da entidade está em atraso, com a de janeiro já apresentando irregularidades. A nota fiscal questionada pelo presidente da Câmara já teria sido glosada, ou seja, recusada devido às inconsistências encontradas.
Além das denúncias sobre a gestão do pronto-socorro, há questionamentos sobre a falta de recolhimento do FGTS dos funcionários pela Mãos Amigas. A prefeitura afirmou que notificou a entidade para esclarecimentos sobre essas irregularidades. A reportagem buscou posicionamento da entidade, mas até o momento não obteve resposta.