Produção de biofertilizantes em área rural gera polêmica e investigação ambiental em área entre Araçatuba e Guararapes

Foto: Divulgação

A produção de biocorretivos e biofertilizantes orgânicos em uma empresa localizada entre Araçatuba e Guararapes (SP) tem gerado críticas de produtores rurais vizinhos, que alegam impactos ambientais na região. Moradores afirmam que a atividade estaria poluindo aproximadamente quatro alqueires e contaminando um açude próximo, além de causar mau cheiro e aumento de moscas e besouros.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) confirmou que a empresa solicitou Licença Prévia para a fabricação de compostos orgânicos para fertilização do solo, mas o pedido ainda está sob análise pela Agência Ambiental de Araçatuba. “A Licença Prévia avalia a viabilidade ambiental, mas não autoriza a operação”, destacou a Cetesb em nota.

Uma inspeção realizada em junho de 2024 constatou que a empresa operava sem as licenças necessárias, resultando em uma advertência. A Cetesb informou que a emissão das licenças dependerá da solução dos resíduos depositados irregularmente, que têm causado transtornos aos moradores.

A empresa responsável pela operação, Organogreen, afirmou estar empenhada em regularizar a situação e destacou que sua atividade consiste na compostagem de resíduos orgânicos classe II-A, utilizando biotecnologia avançada para produzir fertilizantes sustentáveis.

Em nota, a empresa explicou que seu objetivo é promover a economia circular e a sustentabilidade, transformando resíduos que seriam destinados a aterros sanitários em adubos naturais, reduzindo o impacto ambiental. A Organogreen também negou que suas operações tenham causado poluição de recursos naturais.

A empresa destacou ainda as medidas preventivas adotadas para evitar problemas ambientais, como a instalação de taludes de contenção, lagoas de estabilização impermeabilizadas e canaletas para escoamento adequado.

Organogreen apontou que as chuvas intensas dos últimos meses exigiram a intensificação de manutenções preventivas no pátio e o treinamento de funcionários em boas práticas ambientais.

Produtores rurais próximos à área questionam a eficácia dessas medidas e seguem cobrando soluções para os problemas relatados. A preocupação com a contaminação de recursos naturais e os transtornos gerados pelos resíduos permanece como um ponto de tensão.

A Cetesb reforçou que o processo de licenciamento ambiental dependerá da implementação de todas as medidas corretivas necessárias. O órgão também monitora as ações da empresa para garantir a regularidade ambiental e o atendimento às normas legais.

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