Estudantes da Escola Estadual Ary Bocuhy, em Araçatuba (SP), estão se envolvendo ativamente em um projeto que visa a criação e produção de um podcast chamado “Ary Cast”, contribuindo significativamente para o desenvolvimento pessoal e crítico desses jovens.
Os próprios alunos, com idades entre 15 e 16 anos, são responsáveis pelo “Ary Cast”. Na sala de leitura da escola, eles criam o cenário para cada episódio, escolhem os convidados e elaboram as entrevistas, as quais são gravadas utilizando um celular.
O professor Lucas Kenji Sarato explica: “O objetivo principal é que os meninos que entrevistam e aqueles que vão assistir tenham aprendizado, visão de mundo diferente. Aqui a gente está em uma região periférica da cidade e é importante para eles ter essa visão”.
O projeto teve início com dois estudantes do 3º ano do ensino médio, que concluíram os estudos em 2022. No entanto, outros alunos assumiram a produção dos podcasts.
Diversos profissionais de diferentes áreas já foram entrevistados. Matheus Lemes, coordenador da Rede Emancipa, que oferece aulas gratuitas para estudantes da rede pública que estão prestando vestibular, participou de uma das entrevistas. Ele destaca: “A gente espera algo mais descontraído, perguntas de cunho pessoal. Mas foram perguntas que, de fato, são muito pertinentes tanto para eles quanto para a comunidade escolar que vive ao redor”.
Atualmente, a equipe é composta por seis integrantes, incluindo estudantes apresentadores, cinegrafistas e roteirista. Os estudantes são incentivados a desempenhar diferentes papéis com base em suas preferências e habilidades.
Paulo Henrique da Silva Sousa, inicialmente tímido, começou como sonoplasta no “Ary Cast” e, agora, desafia-se na frente da câmera. Ele comenta: “Eu tinha um problema com vergonha. Era tímido e queria melhorar isso. Acho que uma boa maneira foi sair de sonoplasta para entrevistador”.
Apesar de parecer um projeto descontraído, o “Ary Cast” é conduzido com seriedade devido à responsabilidade de transmitir informações sobre temas importantes e pouco debatidos. O estudante Francisco Kennedy Oliveira da Silva destaca o desafio, afirmando: “É um pouquinho desafiador sim, mas acho legal. A gente tem que escolher certinho o entrevistado, ter um roteiro bom. Eu sou bem novo, mas gosto de participar”.